Fiquei por meia hora esperando as crianças chegarem para a minha oficina e nesse intervalo, aproveitei para observar outras crianças, também frequentadoras desse projeto social. Elas andavam de lá pra cá em grupos de dois ou três. Às vezes, se empurravam e chamavam a atenção uns dos outros, numa mistura de brincadeira e provocação.
Uma menina pergunta por outra. Respondem que ela foi à cidade, como se estivéssemos fora dela. E talvez estejamos.
Sentada embaixo de uma árvore _ o sol está muito forte_ cai um filhote de passarinho aos meus pés. Algumas crianças o cercam, um menino se arrisca a pegá-lo. Joga o pardalzinho pra cima diversas vezes e apanha de novo. Tô ensinado ele a voar _ se justifica. Outro chega e adverte de que ele está é apavorando o passarinho. O tom, muito comum entre eles, é de reprovação. Há uma ginga na fala, mistura de canto e luta. O passarinho passa para a mão do segundo menino. Esse investiga as suas asas e tomado pela curiosidade, abre-lhe o bico, sob os protestos do bicho. Uma instrutora do projeto chega e diz que o passarinho não está gostando. Toma-o nas mãos e afirma que devem devolvê-lo ao ninho. Algumas crianças buscam uma escada de cerca de 3 ou 4 metros. O garoto maior começa a subir e ameaça que vai dar um se não segurarem a escada direito. Duas ou três crianças seguram embaixo, ainda trocando críticas: Segura direito! Cuidado com a sua mão! Nos'Senhora, se o menino cair, ele mata nóis.
Pronto, o passarinho está no ninho. Distraído, um menino pisa na grama e é advertido:
_ Oi, não derrota a grama não!
As crianças se dispersam... Lá em cima, o pardalzinho pia e ameaça sair de novo do ninho de João de Barro tomado como lar.
Uma menina pergunta por outra. Respondem que ela foi à cidade, como se estivéssemos fora dela. E talvez estejamos.
Sentada embaixo de uma árvore _ o sol está muito forte_ cai um filhote de passarinho aos meus pés. Algumas crianças o cercam, um menino se arrisca a pegá-lo. Joga o pardalzinho pra cima diversas vezes e apanha de novo. Tô ensinado ele a voar _ se justifica. Outro chega e adverte de que ele está é apavorando o passarinho. O tom, muito comum entre eles, é de reprovação. Há uma ginga na fala, mistura de canto e luta. O passarinho passa para a mão do segundo menino. Esse investiga as suas asas e tomado pela curiosidade, abre-lhe o bico, sob os protestos do bicho. Uma instrutora do projeto chega e diz que o passarinho não está gostando. Toma-o nas mãos e afirma que devem devolvê-lo ao ninho. Algumas crianças buscam uma escada de cerca de 3 ou 4 metros. O garoto maior começa a subir e ameaça que vai dar um se não segurarem a escada direito. Duas ou três crianças seguram embaixo, ainda trocando críticas: Segura direito! Cuidado com a sua mão! Nos'Senhora, se o menino cair, ele mata nóis.
Pronto, o passarinho está no ninho. Distraído, um menino pisa na grama e é advertido:
_ Oi, não derrota a grama não!
As crianças se dispersam... Lá em cima, o pardalzinho pia e ameaça sair de novo do ninho de João de Barro tomado como lar.
_Cibele_
Um comentário:
Que lindo. Saudade da meninada do Brasil.
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