Taí uma modalidade que a meninada adora! E a adultada também. =)
São histórias boas de contar, de ler, de escutar, de escrever. Através de recursos simples, mas complexos, trazem à tona uma das coisas mais difíceis de se lidar: o ridículo que traz dentro de si todo e qualquer ser humano, seja ele “bobo, bocó, burraldo e paspalhão”, como no maravilhoso livro do mestre Ricardo Azevedo, ou o supra-sumo da inteligência.
As anedotas não envelhecem nunca nesses contos. Podem ser repetidas à exaustão que a gente morre de rir, só pelo modo em que são narrados. Tem de ter muita capacidade pra amarrar as palavras umas nas outras de modo a provocar o riso solto. Coisa pra poucos contadores, e menos ainda escritores (imaginem a dificuldade de não ter outros recursos senão a palavra).
Lembram do “Macaco e a Velha”? Gosto muito dessa versão recontada pelo Braguinha (que é a que a gente escuta cantada na Coleção Disquinho e vê nos velhos slides, que agora descobri, foram parar no iutubi!), mas tem muitas outras divertidíssimas, de rolar de rir. A minha versão preferida é a do Ricardo Azevedo mesmo, confesso. Com especial destaque pro final. Antes tinha o livrinho só dela, acho que saiu de catálogo, mas vocês podem ainda lê-la na coletânea Histórias que o povo conta. São Paulo: Editora Ática, 2002. p. 26-30. Aliás, é ótimo apresentar às crianças várias versões do mesmo conto(mesmo que às vezes elas reclamem: Não é assim!). Com o cuidado de evitar as tais adaptações ou “versões renovadas”, o que significa “politicamente corretas”(isso vale não só pros contos de riso).
Como toda categoria de conto popular, os contos de riso têm a sua gramática. São cheios de idas e voltas, jogos de palavras (com a licença poética pras chamadas palavras chulas, mas delicadas, sem exageros), situações fantásticas e burlescas, onde a sorte é quase sempre determinante a favor do mais fraco… enfim, acho que vale mais a pena vocês mesmos descobrirem o quê mais, lendo e relendo o que tem por aí.
_Claudia_
7 comentários:
Clau, tem algum problema com o link do iutube.
Boto aqui de novo:
http://www.youtube.com/watch?v=tiDezlcL4rU&feature=PlayList&p=99C709BA24361FD4&playnext=1&playnext_from=PL&index=59
Idéia ótima essa dos slides, heim! pena que encheram os coitados com esses efeitos de power point chatíssimos. Deu até saudade do barulhinho do projetor...
Clau, porque que esse é conto de riso e não de esperteza?
Acho que já resolvi o problema do link. Testem aí.
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Os efeitos de power point são baranguinhos mesmo hehehe E o projetor que a gente usava quando eu era criança fazia um barulhão (não um barulhinho)! hahaha
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Essa versão do Braguinha tem uma parte de conto de esperteza sim, porque ele acrescentou um outro conto à história em si. Mas a história original é de riso. Veja a versão do Ricardo Azavedo e outras que podem ter também o nome "O macaco e a boneca de piche".
Mas na verdade mesmo, essa classificação é muito didática, todos tem um pouco de tudo...
Ahhh...tendi...
: )
O link ficou jóia agora!
: )
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