Ainda meio desconectada do mundo, com parte da minha vida encaixotada e uma lista interminável de pendências relativas à mudança, acabei chegando um pouco atrasada para a discussão sobre a possível prática de bullying nas histórias do Maurício de Sousa.
Tudo começou com esse texto panfletário, capaz de deixar meio envergonhado até os mais politicamente corretos.
Vejo nas histórias uma certa agressão e um comportamento que deve ser discutido com as crianças, mas não vejo propriamente um bullying, que pressupõe desequilíbrio de forças e isolamento. Nem tampouco acho que a presença desse comportamento nos quadrinhos seja propriamente condenável. Ao contrário, não pode ser uma oportunidade de discussão? Menos ainda acredito numa influência das obras em linha reta, porque isso é acreditar num sujeito de aprendizagem passivo.
"Se o pai resolve na porrada, o filho ou a filha vão saber que é assim que deve ser feito. É desse modo que se constrói a personalidade." ãn?
Por último, bullying se escreve assim: b.u.l.l.y.i.n.g e se alguém quiser aportuguesar o termo, o que acharei ótimo, vamos de bulim. Só não vale ficar no meio do caminho.
Há várias repercussões bacanas, mas deixo aqui as minhas preferidas até o momento e me declaro, embora não seja lá tão fã dos quadrinhos da Mônica, integrante da turma do “Deixa disso, Dioclésio”!
_Cibele_
5 comentários:
Me corrige aí, Ci, mas sabe o que me incomoda mais nessa coisa toda? Observar como as discussões éticas - porque isso daí é uma discussão ética - andam caminhando por umas estradas esquisitas. Será coisa de rede, ou de política, ou de História, sei lá. Mas o texto do Dioclésio (que, sendo muuuuito politicamente incorreta eu diria que é um nome engraçado pra caramba!) é panfletário tanto quanto o do carinha (de nome de personagem de gibi da década de 50 hehe) que "defende os quadrinhos nacionais". Fica muito nessa de ataque e defesa, quase de facção, vira meio tribunal-de-banquinho-na-porta-da-casa, sabe como? Porque toda história, toda produção, toda invenção, tem ideologias, é óbvio, e portanto tem os seus senões e não é boa-em-si nem má-em-si (só a Xuxa é má-em-si hahaha). Acho que tem elementos importantes pra conversar com as crianças sempre, depende do educador. A coisa talí e pronto, pra ser pensada, não simplesmente consumida. Isso é que é o bom delas terem acesso à cultura, afinal. À cultura genuína, sem censura, sem patrulha.
Agora: "a Mônica resolve tudo na porrada" é uma afirmação falsa. Não é tudo. É muito pontual, ela bate quando chamam ela de dentuça, baixinha e gordinha. Basta. hahaha
2: "aprendi com a Turma da Mônica a ser cidadão". Comassim? Quadrinhos não tem esse poder não, moço!
E por aí vai. Os dois discursos são panfletinhos vazios, um atacando outro defendendo. Teses. E a Ética mesmo passa longe.
Ah, Clau, concordo com vc e adorei a Xuxa ser a maldade em si mesma...hahahahahahaha
A pergunta que não quer calar: afinal é Maurício de SouSa ou de SouZa ( como eu?). Sempre achei que éramos parentes er er er (médio-classista básica, querer ser parente de gente famosa mesmo se é um sobrenome vendido a metro em banca).
É com S, Clau...sinto te desapontar...http://www.monica.com.br/mauricio-site/
Mas vc pode ser prima do Herbert (de Souza), pode ser?
Do Betinho e do Henfil eu sou prima sim, de enésimo grau er er, com muito orgulho! A minha mãe era prima de segundo grau deles e muito amiga (de infância) da irmã deles. Elas eram inclusive vizinhas, porque as duas voltaram pra cidade natal delas, e ainda conviviam bastante.
Meu pai que sabe essas histórias dos Souzas no Brasil. Se não me engano, os com Z são descendentes do Tomé de Souza, o primeiro governador-geral do Brasil e os com S do Francisco de Sousa, marquês das Minas. Todo mundo chique, benhe.hahaha
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