domingo, 12 de setembro de 2010

De perto

Dentre todas as modalidades possíveis de teatro de bonecos, a minha preferida é a manipulação direta. Acho simplesmente divino a expressão e a plástica que o boneco adquire sendo manipulado assim tão de perto, e melhor, coletivamente. É quase um balé, palavra de quem já esteve vestida de preto, no escuro completo, junto com um monte de gente, dando a alma inteira pra um pedaço de espuma ou madeira virar gente.

Em Belo Horizonte, existem várias companhias que se exercitam nessa técnica. A Zero, da Wilma Rodrigues, é a mais conhecida (lembram do belíssimo espetáculo “A Bolsa Amarela”, a partir do livro da Ligia Bojunga, e do mais recente “Sevé”?). Mas tem outras que usam a manipulação direta unida a outras técnicas, como a Matraca, a Aldeia, a Catibrum

Esse vídeo da Companhia Truks, de São Paulo, é bem representativo da técnica.

Aqui em Milão tem o Teatro Del Buratto, meus vizinhos (eles ocupam o primeiro andar do prédio onde o terceiro é o Museu do Brinquedo, onde trabalho – o segundo andar é a Biblioteca Infantojuvenil). Muito bacana também. Estão sempre criando jeitos novos de se expressar através dos objetos, e têm, como eu, um carinho especial pela manipulação direta. Se não me engano, eles vão ao Brasil no início do ano que vem. Prestem atenção aí, porque vale a pena.

_Claudia_

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