domingo, 19 de setembro de 2010

Menos vale mais

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A maletinha do Mágico. Ali, bem apertadinho, está tudo que ele precisa pra fazer a gente sonhar, sonhando junto. Pouca coisa, poucos objetos, mas todos muito especiais. Escolhidos especialmente pro que o Mágico deseja. Capazes de se multiplicar. De se tornarem milhões. Reunidos de propósito. Organizados.

Acontece assim com as palavras, segundo o Jonas Ribeiro (vou falar mais dele depois). As histórias curtas escondem maletas de Mágico. As histórias curtas, pra crianças, pedem a verdade, o essencial, e descartam todo o resto. Muitas vezes mais difíceis de escrever que um romance.

Acontece assim com os brinquedos. Dizia minha amiga Silvia Ghetti, atriz que manipula os personagens dos meus livros, mãe de gêmeas de sete meses, que os brinquedos preferidos das filhas são pedaços de papel, retalhos, badulaques. Poucos. Essenciais. Os materiais nas mãos dos bebês são verdadeiras maletas de mágico.

No quintal, um pedacinho de pau jogado a esmo, pedrinhas, folhas podem significar um mundo.

Em plena hegemonia do Mercado, do consumismo, do over, do demais… a maletinha do Mágico dá o que pensar.

_Claudia_

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