Falei desse lugar aqui e desde esse dia venho colecionando algumas cenas...
Comecei pela mão da minha mãe cuidadosamente leve e calorosa nos meus ouvidos para me fazer dormir num silêncio oco.
E pela mãe do Max digitando a estória que ele inventava debaixo da mesa de vidro por onde trocavam olhares emoldurados pelos pés da mãe em meia fina cor da pele. (talvez as mães sejam rainhas nesse planeta)
E o dia em que me despedindo de uma turma de teatro, as crianças me pediram que eu contasse pela última vez a estória da Libélula Chispa Foguinho, quando entra pela janela uma libélula para o alvoroço da meninada. (tenho dúvidas sobre o tamanho desses gestos)
E quando a minha filha, mudando outra vez de cidade, foi se despedir da professora de artes... deixou cair seu material pelo caminho e quando alertada, respondeu que era para não esquecer o caminho de volta. (para ver pequenos gestos é preciso ter um coração bem grande)
E o silêncio que a minha menina fez ainda na sala de parto, no colo do pai, logo depois do choro de fôlego de vida.
E o jeito que as avós recebem em casa as crianças com a mesa cheia de guloseimas para preferências diversas cozidas em fogo brando.
E o dia em que me vendo mais calada, uma criança que vivia quieta de fome e de medo me disse: tia, hoje é você quem precisa do meu abraço.
E quando Wood e seus amigos dão as mãos enquanto escorregam irremediavelmente para o fogo.
E quando o amor da gente enfrenta milhas e milhas aéreas pra te ver de surpresa porque te ouviu saudosa pelo telefone.
E o sorriso do bebê que amamenta com os olhos fixos.
E quando sem saber bem o que dizer a gente coloca as mãos nas costas de alguém.
E quando alguém te vendo chateada, percorre rapidamente a órbita permitida aos olhos, a procura de qualquer coisa para te presentear...uma bala, uma flor, um papel que vira origami.
E quando uma criança quer percorrer de novo o circuito da natação para ganhar uma medalha pelo amigo que se ausentou, porque estava doente.
Pensando bem, as crianças é que são rainhas desse planeta!
_Cibele_
Comecei pela mão da minha mãe cuidadosamente leve e calorosa nos meus ouvidos para me fazer dormir num silêncio oco.
E pela mãe do Max digitando a estória que ele inventava debaixo da mesa de vidro por onde trocavam olhares emoldurados pelos pés da mãe em meia fina cor da pele. (talvez as mães sejam rainhas nesse planeta)
E o dia em que me despedindo de uma turma de teatro, as crianças me pediram que eu contasse pela última vez a estória da Libélula Chispa Foguinho, quando entra pela janela uma libélula para o alvoroço da meninada. (tenho dúvidas sobre o tamanho desses gestos)
E quando a minha filha, mudando outra vez de cidade, foi se despedir da professora de artes... deixou cair seu material pelo caminho e quando alertada, respondeu que era para não esquecer o caminho de volta. (para ver pequenos gestos é preciso ter um coração bem grande)
E o silêncio que a minha menina fez ainda na sala de parto, no colo do pai, logo depois do choro de fôlego de vida.
E o jeito que as avós recebem em casa as crianças com a mesa cheia de guloseimas para preferências diversas cozidas em fogo brando.
E o dia em que me vendo mais calada, uma criança que vivia quieta de fome e de medo me disse: tia, hoje é você quem precisa do meu abraço.
E quando Wood e seus amigos dão as mãos enquanto escorregam irremediavelmente para o fogo.
E quando o amor da gente enfrenta milhas e milhas aéreas pra te ver de surpresa porque te ouviu saudosa pelo telefone.
E o sorriso do bebê que amamenta com os olhos fixos.
E quando sem saber bem o que dizer a gente coloca as mãos nas costas de alguém.
E quando alguém te vendo chateada, percorre rapidamente a órbita permitida aos olhos, a procura de qualquer coisa para te presentear...uma bala, uma flor, um papel que vira origami.
E quando uma criança quer percorrer de novo o circuito da natação para ganhar uma medalha pelo amigo que se ausentou, porque estava doente.
Pensando bem, as crianças é que são rainhas desse planeta!
_Cibele_
2 comentários:
Muito bonito!
Obrigada, J!
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