quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Entre uma Sabrina e outra...

Li e gostei do texto legal da Piauí que parte da premissa de que "toda lei seca gera uma sombra" para refletir sobre o fenômeno dos baleiros na porta das escolas belorizontinas.

_Cibele_

3 comentários:

Claudia Souza disse...

Ci, eu acho essa questão muito complexa. Acho que a imposição do Governo, de certo modo, mesmo se autoritária, é um começo, uma tentativa de melhorar as condições da alimentação das crianças. É óbvio que não é o modo justo,está longe do ideal mas é uma medida de urgência (que eu comparo com as cotas para negros nas Universidades, por exemplo). O ideal seria que famílias e escolas cuidassem juntas da educação alimentar, sem precisar de regras governamentais. A "questão do baleiro" é um reflexo de que se está engatinhando nesse sentido, nessa tomada de consciência da importância da alimentação sadia. O que de certo modo é normal, a maioria das políticas públicas demooora pra ser absorvida pela população, já enraizada em costumes consolidados. Enfim, achei o tom do artigo meio irônico e um tanto pessimista por trás de um discurso supostamente libertário. Não achei legal como você.
Beijos, sócia querida.

Cibele disse...

Eu gostei da constatação da sombra da lei seca. Não conheço a fundo a lei para julgar se ela é dura ou não, como sugere o autor, mas a questão me interessa e por isso achei legal.

A crítica sobrou pro Aécio, mas o projeto é de um deputado do PV, ou seja, questões partidárias aqui não contam.

Que uma intervenção governamental é bem vinda num contexto de crescimento acelerado da obesidade infantil, acho que poucos questionam, mas depois de colocada em prática, a lei pode ser repensada.

Primeiro, não seria exagero reduzir a alimentação a nutrição? Segundo, até que ponto os doces não fazem e sempre fizeram parte da infância. Terceiro, haveria como se pensar em doces menos prejudiciais ou até mesmo nutritivos? Quarto, uma liberação moderada não diminuiria a procura pelo seu Juquinha?

Refrigerante e chips a gente nem comenta, mas uma cocada, um pé de moleque, uma paçoca ou bananinha não merecem junto com o pão de queijo o posto de patrimônio cultural?

Além do mais, me preocupou muito esse acesso das crianças ao baleiro sem mediação de outro adulto. Pode ser paranóia, mas o tráfico de drogas não é de hoje que se utiliza desse álibi.

Agora, que escola é essa em que as crianças chamam os adultos de "tio"? Tão improvável aqui em Minas, né?

O texto não é nenhuma obra prima, mas o tema dele me atraiu e se já arredou pro lado a minha preguiça de elaborar, já tá valendo.

Beijos, querida sócia!

Fefê disse...

Uma opinião nada elaborada como a de vocês, mas devo confessar: o baleiro da escola do filhote é uma simpatia, nem dá pra ficar de cara virada pra ele, é uma unanimidade, e dá-lhe chicletes. Ó céus!

 
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