segunda-feira, 31 de maio de 2010

Tá sem sono?

Vem brincar aqui .

Mais uma criação espetacular da espetacular Angela-Lago.

No alto, à direita, clique em História. E… pra você, “História pra dormir mais cedo”.

Ou então clique em algum dos desenhos abaixo, pra ter outras historinhas e brincadeiras animadas e interativas.

Genial.

_Claudia_

O brinquedo simples

Cuidado que está acontecendo uma coisa: com o advento de projetos elaboradíssimos de sucata, baseados na metologia de Re Mida de Reggio Emilia (que já chegou aí no Brasil) , usando sucata industrial e instrumentos específicos, a atividade de construir brinquedos de sucata corre o risco de virar (mais um!) método pedagógico. Ou pior: (mais uma!) moda educacional.

Os adultos (marketeiros da infância em primeiro lugar, alguns pedagogos idem) a-do-ram fazer isso.

home_pesceruote

Enquanto o X da questão desse projeto está em aproveitar o que tem de disponível no ambiente pra criar. Coisa que os meninos fazem naturalmente. O pedacinho de pau caído a esmo, a folha, as pedrinhas, o rolo de papel higiênico, o sabugo de milho… Tá bem, dá pra desenvolver um monte a partir de materiais descartados e Re Mida ensina como elevar à décima potência isso, principalmente a transformar sucata (o feio, o sujo, o descartável) em material (realçando suas formas, sua beleza, suas possibilidades). Mas vamos com calma. Não esqueçamos o fundamental.

Porque a invenção mora no mínimo.

_Claudia_

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Sexta-feira é dia de link - A socialização segundo Fernanda Werneck

Não, nada de artigo de socialização infantil que hoje é sexta-feira, dia de link. E esse que a minha amiga Fernanda Werneck socializou vem provar e comprovar a realidade da sensação de lugar comum dos filmes Disney. Sim, você já viu essa cena antes.

Bom fim de semana,

_Cibele_

Dá licença, vocês me permitem um pouquinho de orgulho beeem emocionado?

Já que sexta é dia de link, vou unir ao da Cibbele um linkezinho muito importante pra mim. Afinal não é todo dia que se tem a honra de representar o Brasil!

Olhem aqui.

Na foto, da esquerda pra direita, o embaixador do Brasil, Dr. Luiz Henrique da Fonseca, sua esposa Solange Greco (aliás uma graça de pessoa), eu, a Miriam Gabbai, editora da Callis, e as duas ilustradoras Christelle e Chris. Foi no coquetel no IBRIT, onde as meninas expuseram as ilustrações originais dos livros.

_Claudia_

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Palavra&Imagem

A coisa bonita que acontece quando uma historinha vira livro é o pacto que se estabelece entre palavra e imagem: essas duas construções do espírito humano, tão diferentes e independentes, fazem dobradinha diante dos olhos leitores. Ler passa a ser uma coisa muito mais saborosa que decifrar ou descrever. Ler passa a significar, como nunca, interpretar, atribuir sentido. Porque o sentido passa a vir simultaneamente de duas fontes diversas, não de uma só.

Obviamente um texto resiste sem a imagem (taí a tradição oral que não me deixa mentir) e vice-versa (os livros de imagem). Mas as duas juntas se transformam numa outra rede de significantes. É tudo outra coisa. No texto, as palavras brincam de esconde-esconde nas entrelinhas, nas tonalidades, nas combinações sonoras; nas imagens, os desenhos se entrelaçam nas cores, nas perspectivas e nas proporções. Uma com a outra o jogo se complexifica num vai e vem metafórico, ambos convidando à recriação, fazendo-se humildemente às metades porque aguardam a participação ativa e fundamental do leitor. Cada livro é outro-livro diante de cada leitor.

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Eu sou pública e descaradamente apaixonada pelas palavras e vocês vão me ver sempre defendendo o texto escrito ou falado. As palavras são o meu que-fazer. Embora aprecie muito as artes visivas (e até não seja péssima desenhista) não me atrevo a ilustrar porque compreendo e respeito a preciosidade dessa ação. Mas ver minhas historinhas ilustradas por quem entende da coisa e sabe fazer direito me provoca uma sensação absurda de completude. Fico pensando que as minhas idéias encontraram idéias-parceiras que as enriqueceram, que as transformaram e que as tornaram ainda mais instigantes. Não são mais as mesmas idéias do início. A ilustração sabe passar e receber a bola do texto, embora seja ela mesma uma outra história dentro do livro.

Não entro nem por decreto na discussão (da baixa-academia) de qual das duas – palavra ou imagem – seria mais importante no livro infantil. Quem precede quem, quem parte de quem, quem desdobra quem. Discussãozinha fajuta que ofende quem valoriza a palavra chamando-o de “racionalista” ou quem valoriza a imagem chamando-o de “pragmático”. Palavra pra mim não é só razão e imagem não é só descrição. Valorizo as duas, quero qualidade das duas e principalmente valorizo o “namoro” das duas. Que pode acontecer ou não (já disse, a palavra resiste sozinha e a imagem também) mas, quando acontece, é uma coisa maravilhosa.

_Claudia_

terça-feira, 25 de maio de 2010

Ética para Crianças volume 6- Outros livros polêmicos

Como sócia que é sócia usa de recursos telepáticos, a Clau levantou a idéia logo quando ela esquentava a minha cabeça e de outros colegas educadores.

Assumir uma história triste na literatura infantil é assumir a própria tristeza como parte da infância. Voltamos à discussão sobre os limites entre os assuntos permitidos à infância e os assuntos vetados. No entanto, há tristezas e tristezas e sabemos que se é verdade que não é benéfico isolar as crianças do mundo, também sabemos que certas informações precisam vir na hora certa. A hora certa não fica no calendário, nem no relógio, mas na história de cada indivíduo. De forma que alguns assuntos só devem ser tratados quando a criança já está apta a lidar com eles. E como saber quando ela está apta? Quando ela começa a demonstrar curiosidade. Respondemos somente e na medida em que a criança pergunta.
Podemos pender entre a importância do final feliz tão defendido por Bruno Bettelheim e uma lista enorme de clássicos com final triste, inegociáveis para a cultura infantil: A Pequena Vendedora de Fósforos, A Pequena Sereia, Sapatinhos vermelhos e mais algumas pérolas de Andersen.
Não ousaria de jeito algum afirmar que criança precisa de estória feliz. Mas acho que alguns livros precisam ser mediados. Cito dois livros em especial:

1) Cotovia - Lúcia Villares e

2) Ceci quer ter um bebê - Thierry Lenain
Um traz a morte e outro traz a sexualidade. Não são temas inadequados à infância. Diria que, a forma como os temas são tratados nesses dois livros, pode (eu disse pode) passar a carroça na frente dos bois.
E agora?
_Cibele_

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Outros olhares

Muito boa a discussão colocada pelo Garrocho aqui. Coisa importante de se pensar, de “dar tratos à bola”. Afinal é um terreno cheio de meias-verdades-estabelecidas, nada mal desconstruir alguns conceitos “sagrados”.

Em se tratando de Educação, penso que seja um jogo de primeira educar novos olhares, mostrar novas possibilidades de escolha, ampliar horizontes. E a Arte Contemporânea serve como uma luva pra isso. Quer a gente goste dela ou não.

Legal também este vídeo que ele recomenda.

_Claudia_

sábado, 22 de maio de 2010

Ética para crianças - volume 5 - Moral e literatura




Alguns livros e autores gostam de se aproximar dos limites morais. Nada mais saudável. É no limite que surgem as questões e a literatura que levanta perguntas se mostra bem mais legal do que a literatura que assenta certezas. A estética e a ética parecem ser mesmo os domínios onde a opinião de cada um pode se apresentar com mais conforto. Onde a opinião de cada um dialoga com a do outro, sem necessariamente se misturar a ela. Há extremos. Principalmente na ética. Ainda que os universais estejam em franca decadência, eticamente precisamos negociar um pacto de convivência pacífica, se não quisermos cair num relativismo absoluto.
E a literatura infantil? Sabemos que ela caminhou de um período muito moralista para uma atualidade em que convivemos ao mesmo tempo com a tentativa de preservação da infância e a exploração desses limites do infantil, ou até da ameaça de sua extinção como afirma Neil Postman. A infância estranha, a infância não tão pura, a infância nada idílica. (Sobre isso, falamos nesses dois posts)

Em algumas obras as crianças são verdadeiramente subversivas. Textos amorais e por vezes até imorais. Tem o bem que aniquila o mal com requintes de crueldade. Parece paradoxo? Numa leitura mais superficial, sim, mas se levarmos em conta os recursos simbólicos de que a leitura infantil lança mão, não. Há ainda obras em que, nem mesmo o simbólico, resguarda sua dimensão moral.
A Ana Paula e a Paula, professoras do Libertas, me mostraram um livro exemplar nessa discussão: "O menino que gritava:_Olha o Lobo!". Pra explicar o nó do livro, eu teria de contar a história todinha, até o fim, e como isso não se faz, fica a sugestão de leitura. Só digo que o Lobo ganha e o menino se dá mal...

Aqui tem um trechinho de uma entrevista do autor Tony Ross, em que ele explica a vitória do Lobo. Segundo o autor, o Lobo ganha porque ele é um cara legal, o menino é que mentia. Eu não vi "legaleza" nenhuma no Lobo. Só porque ele era de finos modos? Aliás, são justamente os finos modos do rapaz que tiram dele seu único álibi: a possibilidade de matar para saciar seus instintos. Esse Lobo consegue combinar requintes de maldade e banalidade. Por mim, o destino dele não seria outro que um caldeirão fervendo ou a mira da espingarda do caçador!

E se ninguém ainda perguntou o nome do Lobo, como diz uma passagem do livro, deve ser, justamente, porque ele aparece em histórias em que as personagens são arquetípicas, não? Ou por que a única menina que resolveu fazer perguntas a um Lobo terminou devorada por ele, travestido de sua vovozinha.

Pra discutir,o livro é ótimo, mas se o pressuposto for esse, não se trata, definitivamente, de um livro para crianças muito pequerruchas, cuja leitura ainda está marcada pela falta de distinção entre o real e fantasia.
Num mundo em que as fronteiras entre os conteúdos adequados à infância andam embaçadas, percebo cada vez mais a necessidade da mediação do adulto na cultura produzida para crianças. Não é porque está na prateleira dos infantis, que os livros são inofensivos. Não é porque está escrito que é bacana. Além disso, na categoria infantil cabem idades muito diferentes. E nas idades cabem várias individualidades.
Acho que não gostei desse livro, não...Obrigada Paula e Ana Paula pela oportunidade de pensar com vocês...
_Cibele_ que depois de sumir na semana passada porque o pc foi parar no técnico, voltou definitivamente verborrágica.





sexta-feira, 21 de maio de 2010

Feliz aniversário, Pack Man! (da série sexta-feira é dia de link)

O Google hoje está comemorando os 30 anos de criação do simpático joguinho, com direito a experimentá-lo no logotipo do site de busca, na tela do seu PC. Místico Pack Man, vulgo Come-come (nesse link dá pra brincar quando quiser).

Fiquei brincando um pouquinho cheia de nostalgia, lembrando do meu Atari, hoje peça de museu.

_Claudia_

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Teatro de bonecos em BH

topo2

Pra quem mora ou quiser passear em Belo Horizonte em meados de junho, mais especificamente entre os dias 10 e 20, uma programação imperdível de teatro de formas animadas. É a edição 2010 do já reconhecido e amado Festival Internacional de Teatro de Bonecos, organizado pelo Grupo Catibrum.

Belo Horizonte tem uma grande tradição de titereiros. Ali estão companhias importantíssimas como a Matraca, a Zero, o Giramundo, a Aldeia, a Navegante (esta está em Mariana, ali pertinho), isso só pra citar os que conheço de perto. Tudo gente do bem e boa de serviço. Cada um com seu estilo, cada um com seu recado. Melhor pro público de 0 a 150 anos.

Agora, é crueldade! Eu chego em Belo Horizonte no dia 19 à noite, depois de três anos de abstinência do Festival!

Não vale! =(

(Aqui em Milão, por sua vez, está terminando neste fim de semana o Festival Internacional Teatro de Imagem e Figura, que se estende anualmente de outubro a maio. Muita coisa boa também.)

_Claudia_

segunda-feira, 17 de maio de 2010

A Épica dos anões de jardim – segunda parte

nani1wiUma vez, contei aqui do Movimento pela Libertação dos Anões de Jardim (MALAG). Agora, um outro capítulo fresquinho pra vocês.

O prefeito de Furore, uma cidadezinha na Costa Amalfitana, uma das regiões mais bonitas e intrigantes da Italia, acaba de assinar um decreto proibindo a exibição das famigeradas estatuetas de gesso nos jardins da cidade. Segundo ele, os anões “alteram o ambiente natural” e devem ser removidos ou demolidos. Sem muita margem pra discussão.

Alguns moradores estão se mobilizando contra a norma, mas parece que, diante da justificativa curta e grossa e politicamente correta, não tem muita alternativa: ou se obedece ou se paga uma multa pra lá de salgada.

(Não é difícil entender o caso, vai: claro que o Prefeito de Furore é, na verdade, um membro atuante da MALAG italiana. Ou será que ele é da FHAJ?).

=P

_Claudia_

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Chorar faz bem

Nesses dias, tô meio sumida (a Ci já até me perguntou onde é que eu agarrei) porque tô participando, junto com a Editora dos meus livros, do Salão Internacional do Livro de Turim. Tem sido uma experiência incrível. Hoje assisti à conferência do Prêmio Nobel Dario Fo. Amanhã vou escutar ninguém menos que Umberto Eco e Giuseppe Tornatore. E meus livros vão pra Guiné- Bissau! =)

Mas enfim. Esse post não é sobre o Salão. É sobre uma frase que ouvi no Salão. Assim: “Livro pra criança tem de ser divertido, não pode ser triste!”. Não concordo. Acho esse mais um dos preconceitos que a gente falava outro dia em relação ao livro infantil.

Na verdade, acho um barato quando criança chora por causa de um filme ou de uma história triste. Mostra 1)que sabe se comover e 2) que o filme/texto é bom.

E vocês, o que acham?

_Claudia_

Sexta-feira é dia de link - Contribuições da Daniele Holstalácio

Olha só que presentão ganhei hoje da amiga e jornalista Dani Holstalácio. Uma entrevista feita por ela mesma com José Pacheco, criador da Escola da Ponte em Portugal, que os belorizontinos mui sabia e mineiramente roubaram pra cá.
E como se não bastasse, o link de uma matéria da Ciência Hoje sobre uma dissertação de mestrado do arquiteto Samy Lanksy sobre as interações infantis na Praça Jerimum.
Obrigada, Dani!
Bom fim de semana,
_Cibele_

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Levando livros pro cinema

Para fazer um bonequinho desses para você, vá aqui.


Taí, não é que a minha idéia foi boa...Todo diretor de cinema bacana deveria fazer um infantil! E mais, isso deveria virar lei! Mas enquanto ninguém adota a minha idéia, lanço uma brincadeira que é a seguinte: tentar imaginar que diretor deveria filmar que história. Tim Burton é definitivamente o diretor ideal pro Alice. E o Spike Jonze já se mostrou o diretor ideal para Onde Vivem os Monstros. Mas que histórias infantis os diretores abaixo deveriam filmar ou deveriam ter filmado (para os falecidos)?



1) Woody Allen
2) Almodóvar
3) Godard
4) Lars Von trier
5) Hitchcok
6) Fellini
7) Bergman
8) Win Wenders
9) Buñuel
10) Tarantino



Ou a gente podia virar o tabuleiro do jogo e pensar quem dirigiria melhor as histórias abaixo:



1) O Pintinho Quiquiriqui - DP
2) Píppi Meialonga – Astrid Lindgren *
3) Frederico e Catarina -Grimm
4) Nique toda Chique – Jane O´Connor
5) A Bolsa Amarela – Lygia Bojunga
6) Reinações de Narizinho - Lobato
7) Pedro – Bartolomeu Campos Queirós
8) Tom Sawyer – Mark Twain*
9) O Rei Bigodeira e sua Banheira – Audrey e Don Wood
10) Os Sete Corvos - Grimm


Quem quer brincar?



*Esses já foram pra telona, mas poderiam ir de novo

_Cibele_ que perdeu a seriedade e não consegue achar de volta

terça-feira, 11 de maio de 2010

A bagunça geral de Spike Jonze


É difícil imaginar que um livro tão lindo possa ser adaptado para o cinema de forma tão igualmente linda. Quando o assunto é "Onde Vivem os Monstros", uma coisa é uma coisa (ou um livro é um livro) e outra coisa é outra coisa (o filme é o filme), embora ambos sejam coisas lindas.

Tão cedo me esquecerei de Max, sua história e a meia fina da mãe dele e do menino sendo engolido por KW para se safar da ira do amigo Carol. Cenas que não estavam no livro, mas que seguem a mesma poesia dele. Da solidão tão propriamente infantil, do ciúmes e do amor.

A indicação etária é 10 anos porque, diz a capa do DVD_ há cenas de violência dispensáveis para a compreensão do enredo. Primeiro que a tensão da convivência com os monstros é indispensável para o filme (e o livro), sim senhor. Além disso, o que a indicação chama de violência é a possibilidade, mais que conhecida pela cultura infantil, de ser comido por um monstro.

Na modesta opinião da Quinteira que vos fala, é um filme sem idade. Uma seqüência visual de arrepiar. Uma trilha sonora impecável. Uma adaptação cheia de cenas do além livro impressindíveis e delicadas.

Pode ser (eu disse, pode ser) que os muito pequerruchos não entendam, mas vez em quando entender não é o fundamental.

O trailler

E todo o resto numa locadora perto de você.

_Cibele_

Da série boas notícias…

Mais conquistas pras famílias do Brasil!

Leia aqui a reportagem da Folha Online.

_Claudia_

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Já que o assunto é Alice…

Olhem que simpática a primeira versão cinematográfica do livro, de 1903, recentemente restaurada pelo Arquivo Nacional do BFI. Realizada apenas 37 anos depois do romance ter sido publicado e 8 anos depois do nascimento do cinema, a adaptação, dirigida por Cecil Hepworth e Percy Stow, foi baseada nas ilustrações originais de Sir John Tenniel.

Alice in Wonderland foi o filme mais longo produzido na Inglaterra na época (tempo de duração de 12 minutos, dos quais só 8 sobreviveram). Como era normal nas produções da época, contou com a participação da esposa do diretor (como Rainha de Copas) e até do gatinho da família (Cheshire Cat).

Os arquivistas conseguiram restaurar as cores do filme original depois de 100 anos.

_Claudia_

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Sexta-feira é dia de link - Edições brasileiras de Alice

Olha que legal essa matéria sobre edições de Alice no País das Maravilhas.

E por aí, Clau? O Tim Burton movimentou o mercado editorial?

Bom fim de semana pra todo mundo,

_Cibele_

Como diria a célebre Giu, "Chamando todos os carros"

Bora todo mundo assinar a petição on-line realizada pela Rede Nacional Primeira Infância contra a PL 6755/10 (originalmente PL 414/08) de autoria do Senador Flavio Arns que propõe a redução da entrada de crianças de 6 para 5 anos no Ensino Fundamental.

_Cibele_

quinta-feira, 6 de maio de 2010

A casa nossa de cada dia

Numa pesquisa recente, revelou-se que a sociedade moderna é a sociedade das pessoas dentro de casa. Nunca se esteve tanto dentro de casa como agora, e as novas tecnologias (TV, social network, video-games, internet…) servem pra garantir esta “conquista” da humanidade: cada um (bem escondido)dentro do seu bloquinho (cada vez mais reduzido) de alvenaria. De compensado, de madeira ou até tão confortável ao ponto de você nem se sentir dentro… o que vale é ser bem fechado, onde as pessoas possam se esconder umas das outras.

Volpi

Imagem: Alfredo Volpi

As casas diminuíram, evoluíram, se verticalizaram, se transformaram. Prioridade para os quartos ou O quarto. Banheiro prático. Cozinha funcional, sob medida para seu objetivo. Certas partes das casas estão se tornando cada vez mais obsoletas: sala de visitas, quarto de empregada, dispensa, área de serviço, quintal.

Com isto, se transformam também os relacionamentos entre os moradores. As famílias também diminuíram (menos filhos por casal), evoluíram (estão mais complexas com as novas modalidades de comportamento familiar) e por que não, se verticalizaram (cada “etapa” da vida está extremamente definida e isolada das outras).

Ouvindo uma entrevista com os sobreviventes do terremoto do ano passado na região de Abbruzzo, aqui na Italia, me chamou a atenção as pessoas (entre elas crianças) dizendo que suas vidas tinham se tornado, nas barracas de emergência, muito mais agradáveis que quando viviam dentro de casa.

_Por que? pergunta o repórter incrédulo.

_ Porque agora a gente convive uns com os outros – responde uma senhora que antes do terremoto vivia sozinha e passava os dias na frente da TV e agora divide a barraca com outras três antigas vizinhas.

_Mas você não sente falta do computador? pergunta a uma adolescente.

_Até me esqueço que já tive um – responde ela, sorridente no meio de gente de toda idade que programa um evento.

Seguem-se cenas de crianças brincando, de adultos jogando juntos, conversando, se reencontrando.

Deu vontade de dar um passeio pela rua!

_Claudia_

terça-feira, 4 de maio de 2010

Meu protesto

Ia colocar o meu protesto no post passado, mas decidi abrir um post especial para isso.

Quando minha filha era pequena, há 6, 7 anos atrás, o Discovery Kids não tinha propagandas.

Quando meu filho nasceu, há 2 anos atrás, o Discovery Kids tinha propagandas selecionadas.

Em 2010, o Discovery Kids tem propagandas demais, em véspera de datas comemorativas abre a casa até pra Xuxa e é capaz de formular promoções geniais como essa:

http://www.discoverykidsbrasil.com/vire-a-estrela/

Coitados dos meus netos.

_Cibele_

Voltando devagarinho

Obrigada pela cobertura, Clau! Ufa! semana passada a coisa apertou por aqui. Essa semana está mais calmo, mas depois de uma semana fora do ar, as pendências ainda estão se ajeitando. Enquanto não rola de sentar e escrever alguma coisa mais elaborada, divido com vocês esse link da Revista Crescer com dicas para levar as crianças em programas culturais. Aliás, dá pra engordar muito essa lista!
Por falar em programas culturais com crianças, o show da Partimpim 2 é bem legal, viu? Pra quem ainda acha que criança só gosta de letra fácil, cantora rebolante, interação com a platéia, refrão repetitivo ou que, além de todas essas aberrações só há Palavra Cantada_ eis como tudo se desmente. E a produção do show é de encher os olhos. Tão cedo não esqueço do Morelo Veloso tocando um pianinho de brinquedo vermelho. No mínimo, uma passadinha no site pra ouvir.
E sim, a Clau está abalando a Itália em chamas!
Beijos
_Cibele_

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Brincar a qualquer custo?

Ok. Tem a urgência de brincar. Mas eu acho que tem gente que anda exagerando (e a indústria da infância, claro, percebeu isso).

Outro dia, numa grande loja de móveis “make it yourself” tipo Tock&Stock (era uma cadeia sueca chamada IKEA) dei de cara com um cartaz com uma mensagem super bonita sobre o brincar, parecia saída de um livro do Huizinga. “Olha só!”, pensei toda contente, “esses caras estão sensibilizados pra questão!”

Maaaas… olhei bem e o tal cartaz estava vendendo era um novo produto: um suporte pra um rolo de papel de rascunho que vem acoplado à mesa com o lugar pro giz de cera e tudo. Ou seja, um estímulo (organizadinho) a que a criança desenhe enquanto os adultos fazem as refeições. Em casa! (Num restaurante demoradíssimo eu poderia até entender, embora como mãe preferisse mil vezes ensiná-lo a esperar).PinocchioIsso pra mim é outra (MAIS UMA!) deformação do conceito de brincar.

Humpt!

_Claudia_

 
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