sábado, 24 de dezembro de 2011

Feliz Natal no quintal!

Feliz Natal, amigos quinteiros!

Um abraço especial para minha sócia, moça sabida da cultura popular! Seu Natal tem neve, Clau?

Cordel sobre o Natal

Beijos

_Cibele_

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Férias de Fim de Ano

O Quintarola vai tirar umas feriazinhas porque ninguém é de ferro. A Cibele viajou, eu vou viajar amanhã mas deixamos com vocês um vídeo muito lindinho da SUPER talentosa ilustradora (e fofa pessoa humana) Maria Eugênia. Essa é a nossa mensagem de fim de ano. Com muita vontade que 2012 seja um ano de “Renascimento”. Em todos os sentidos.

http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=d3epuPdSHbk#!

(Parece que o iutubi não aceita mais que o vídeo seja colado diretamente no blog sem que sejamos usuários “logados” =(  Coisas de internet. Paciência, cliquem no link e se abre do mesmo jeito).

Obrigada a todos(as) que nos seguiram durante o ano. Venham sempre prum dedo de prosa aqui no Quintal.

Até a volta!

_Claudia_

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Falando de Cultura Popular 2

Desculpe, Ci, mas vou desandar hahaha Esse tema me encanta!

Aqui um vídeo da minha ídola Angela Lago, falando de dislexia, de poesia… e de Cultura Popular!


Falando de Cultura Popular

Andei fuçando nuns ditados e expressões populares por aqui e descobri um monte de “coincidências” com os brasileiros. A  ideia é parecida, embora as palavras usadas sejam geralmente diferentes (acontece também de serem exatamente as mesmas). É a Sabedoria Popular como ponte entre culturas diversas.

saggezza

Uomo avvisato è mezzo salvato” – (literalmente: homem avisado é meio salvado) corresponde ao nosso “Quem avisa amigo é”;

“Chi non muore si rivede” (quem não morre se revê) corresponde ao nosso “Quem é vivo sempre aparece”. 

“Una rondine non fa primavera” (uma andorinha não faz primavera) corresponde ao nosso “Uma andorinha só não faz Verão”. Aqui as andorinhas migram na primavera, aí no Verão =)

“Da un melo non può nascere un pero” (de uma macieira não pode nascer uma pereira) corresponde ao nosso “Filho de peixe peixinho é”.

“Prendere due piccioni con una fava” (pegar dois pombos com uma fava) corresponde ao nosso “Matar dois coelhos com uma cajadada só”. Eles são menos drásticos hehe

“Troppi galli a cantar e non fa mai giorno” (galos demais cantando e o dia não nasce) corresponde ao nosso “muito cacique pra pouco índio”.

“La notte porta consiglio” (a noite traz conselho) corresponde ao nosso “nada como um dia após o outro”.

E por aí vai. Se vocês quiserem depois posto outros =)

_Claudia_

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

A voz do povo é a voz de Deus

A palavra POVO é usada com frequência em sentido pejorativo, principalmente por uma suposta (auto-declarada)  elite intelectual/artística. Povo não sabe votar. Povo é massa de manobra. O que agrada ao Povo não pode ser coisa boa.  Povo não sabe pensar por si mesmo. Uma obra popular não pode ser considerada Arte, é folclore. E por aí vai. Conclusão: é mais chique ser o “artista incompreendido”. Afinal, “a verdadeira Arte/Cultura é para uns poucos (ricos) eruditos que sabem apreciá-la, não pra uma manada de ignorantes que querem apenas consumi-la – e cosumá-la”. Nosso herói, o “artista incompreendido” , não vende muito, não é muito reconhecido, tem poucos seguidores (num vocabulário mais atual), não é (e nem quer ser, deusmilvre!) popular, pois “seu valor é intrínseco à maravilhosa Arte que produz”. É o marginal orgulhoso, consciente da “grandeza singular de sua obra” (…)

                    image

Eu sou uma apaixonada pelo POVO e pela CULTURA POPULAR. Acho a Cultura popular a coisa mais próxima da Cultura Lúdica que existe no mundo adulto. Acho também que a Cultura Popular é tão parecida no mundo inteiro que serve de ponte para toda e qualquer integração. POVO é comum. É coletivo. Nada mais HUMANO que POVO (com suas qualidades e defeitos).

Adoro os ditados, canções e contos populares, a sabedoria popular, os costumes, as festas, as tradições, a culinária, o senso comum, o jeitinho peculiar das diversas comunidades. Até a magia popular me agrada, eu que sou completamente convicta da Racionalidade.

Sempre adorei trabalhar em grupo, no coletivo. Falar no plural, pertencer a um time, a uma associação, ter empatia, ser semelhante. Mesmo sabendo o risco grande que essa atitude comporta: os “ismos” (sobre os quais já escrevi aqui), as deformações, as lavagens cerebrais de estar “dentro de”. Mas pra esses riscos tem remédio, e é o pensamento crítico que a gente adquire com o tempo, principalmente nas idas e vindas. Movimentar-se é um excelente antídoto pras ideias preconcebidas e territoriais.

Fato está que, com todos esses riscos, prefiro confrontar-me com a sociedade, prefiro falar “de dentro” do povo. Colaborar, compartilhar são ações que prezo muitíssimo. Eu quero ser popular. Como escritora, tenho a ambição não só de ser criticada como de ser ajudada pelos colegas e pelo editor, além de desejar ser lida por todas as crianças do mundo. Quero ser best-seller benhe! =)  Como educadora pretendo saber me comunicar (em linguagem ampla e acessível) com todas as famílias que existem. Como cidadã quero continuar a exigir pacificamente meus direitos e assumir minhas responsabilidades.

Gosto, tenho prazer em me sentir parte de um POVO. Com todas as suas (humanas) contradições.

Eu acho que o povo sabe – e muito bem – apreciar as boas obras. E que decide consumir outras não tão boas mas que de algum modo lhe trazem satisfação, mesmo que momentânea. O povo decididamente não “compra” (não “engole”)  ideias/obras medíocres. Existe uma sabedoria imperceptível nas escolhas populares que faz com que permaneçam apenas elementos que merecem permanecer.

(Ando inclusive pesquisando alguns fenômenos de popularidade entre as crianças, quero entender por que, além é claro, da propaganda, do lado estritamente comercial, algumas coisas “pegam” entre elas e outras não. Principalmente quero entender por que algumas coisas permanecem. Em breve vou compartilhar com vocês os resultados dessa minha pesquisa).

_ Claudia Souza (quer sobrenome mais popular que esse? hehehe)

Duas ressalvas: Querer ser popular não significa querer ser unânime, bem como ser convicta da Racionalidade não significa querer ter razão.

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

A idade como território–Série Entre Aspas II

 

tumblr_lkpxm8Xeu01qahuhjo1_400

Robert Doisneaut

 

“Quando pequenos, foi-nos ensinado que devíamos comemorar o aniversário. Uma vez comemorado, tínhamos tal ou tal idade, da mesma maneira que se têm os dedos da mão. (…) Se penso ou creio que os anos são meus, posso assumi-los e ir assumindo-os como uma pertença existencial.

Os outros também tinham anos, poucos ou muitos, inclusive alguns podiam coincidir em números, mas na individualização das pessoas ao redor, a idade constituía um dos elementos de diferenciação. Além de nos configurarmos como homem ou mulher, menino ou menina, nós, pessoas, tínhamos um caráter que nos vinculava, um nome que nos identificava e uma idade que era nossa ou sua. A idade dos outros podia considerar-se, pois, como a minha, uma pertença que crescia com o tempo.

(…)os anos nos tinham e iam inscrevendo-nos em grupos determinados de idade.

(…) Podemos continuar considerando que os anos são nossos e, portanto, pessoais e intransponíveis, mas deparamo-nos com um indicador que nos mostra que são eles, os anos, que nos possuem.” _ Assim começa o capítulo As Outras Idades ou As Idades do Outro de Caterina Lloret no livro da Editora Vozes Imagens do Outro organizado por Jorge Larrosa e Nuria Pérez de Lara.

_Cibele_

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Matilde da Ilha de Tacatu

Esse é meu penúltimo livro, publicado em março de 2011 pela Editora Callis (SP), com umas ilustrações de encher os olhos da Taline Schubach. É uma metáfora a respeito das fronteiras que separam o mundo e as pessoas. Eu indico =)

Matilde 2

(Eu fico aqui pensando com os meus botões em como certos conceitos são persistentes. Froteiras não existem, são imaginárias. E quanto ainda se sofre por causa delas! Quanta gente é discriminada, rejeitada, perseguida por causa dessa bobagem. tsc tsc tsc Será que um dia ainda vamos adquirir uma “consciência planetária” (como defende Edgar Morin)? Ou será que vai precisar que cheguem invasores extra-terrestres pra gente perceber o quanto é diversamente igual?)

_Claudia_

 
BlogBlogs.Com.Br