terça-feira, 29 de junho de 2010

Pra qual Escola eu vou?

(Ainda pensando na carta da Carolina...)

Ares de Brasil. Reencontro pais de crianças que acompanhei desde pequenininhas. Cresceu! Esticou! Mas a carinha é a mesma. Noooossa, não teria reconhecido! Virou um rapazinho… uma moça! O tempo voou!


A questão continua a mesma: pra qual escola eu vou. Os que já estão, que já se decidiram, não estão convictos, não tem 100% de certeza. “É uma decisão temporária”… “está sub judici”… “estamos avaliando”…


Penso que isso é efeito colateral do sistema educacional do Brasil. Da existência e da prioridade que é dada às escolas particulares pelos cidadãos de classe média/alta. De ter muita opção.


Cada escola, como serviço privado, tem a sua identidade, a sua proposta (a pior coisa que pode acontecer a uma escola é começar a existir sem proposta, comentava com algumas educadoras), o seu projeto, a sua personalidade. Dá a impressão de que pra cada criança, pra cada família, tinha de ter uma escola diferente, sob medida. Afinal existe um serviço à venda.


Não é assim, claro, e então fica sempre faltando. Não existe a escola perfeita, existe aquela mais próxima das nossas convicções, do que pensamos seja mais importante pros nossos filhos. A escolha passa necessariamente por aí. Uma escolha, além de limitada, circunstancial, pois os sujeitos envolvidos (escola, criança e família) mudam continuamente, não estão estagnados , fazem História.


Nos últimos anos, tenho vivido, num outro contexto, a realidade da escola pública, que é bem diferente dessa. E devo dizer que, embora tenha também seus problemas, me agrada. No frigir dos ovos fico chateada que o Brasil tenha se encaminhado pra privatizaçao da educação. A opção pela escola particular, da parte de quem pode pagar, não é espontânea, responde a uma escola pública que enfrentou sérios problemas e que agora procura reagir, mas ainda precisa de tempo.


Embora eu saiba que em nível privado as transformações necessárias encontrem mais espaço pra acontecer, ainda desejo que a escola pública brasileira retome seu lugar central.


Tudo depende de contextos e de contingencias. Mas taí a Escola da Ponte de Portugal (foto), ou o sistema de Reggio Emilia na Itália (colaboração publico-privado), pra mostrar do que a estrutura pública é capaz.


_Claudia_

segunda-feira, 28 de junho de 2010

CONVITE e Novidades

Depois da tarde que passei com a Clau, fiquei até com medo de que a gente ficasse os dois meses da estadia dela aqui, sem postar. Foi assunto atrás de assunto, assim, imendadinho no outro. E depois outro...e depois outro...Pensei _ como é que vou arrumar motivação pra escrever se a gente pode conversar pessoalmente?

Mas o que se deu foi exatamente o oposto! Pensamos em vários posts que ainda serão escritos... e mesmo com as inúmeras tardes tricotando que virão por aí, acho que a postagem está garantida.

Bom, se você quiser tricotar com a gente, estamos armando um encontro pra quinta-feira, dia primeiro de julho, 20:30 no Balaio de Gato. Marque aí na agenda_ (X) encontro inadiável.

Em breve, mais notícias sobre o grande evento!

Um abraço,

Cibele

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Correio do Quintal

Olás Cibele e Cláudia,

Pesquisando na internet algumas informações sobre escolas, encontrei o blog de vocês e fiquei encantada de cara, a começar pelo nome do blog - adorei!

Vou me apresentar, né! Tenho uma filha maravilhosa de quase 3 anos (faz em setembro) que nasceu na água, naturalmente, aqui em BH, e me proporcionou a experiência Divina do parto e de ser mãe.

Ela ainda não está na escolinha mas eu e meu marido estamos pensando em colocá-la em meados do segundo semestre deste ano (decisão que estamos adiando desde que ela fez um ano). Já visitamos várias escolas mas ainda não decidimos. Li um post de janeiro/2010 chamado "O eterno novato", da Cibele, e fiquei curiosérrima pra saber que escola é essa que você achou, aberta às diferenças e aos novos horizontes.... quero conhecer!!!

Bom, fico por aqui, acompanhando o blog de vocês e aguardo retorno!

Parabéns e muito obrigada,
Carolina
***
Oi, Carolina,
Tudo bem?
Fiquei super feliz com o seu e-mail e tenho certeza que a Clau também (aposto que já, já ela vem aqui). Primeiro, aproveito a sua dúvida sobre escolas, uma dúvida que aparece bastante aqui no Quintarola, pra esclarecer um ponto. O Quintarola não é um blog institucional, mas é claro que eu e a Clau temos simpatia (e até paixão mesmo) por algumas escolas...as escolas em que trabalhamos, as escolas em que nossos filhos estudam ou estudaram e outras com as quais compartilhamos um conjunto de idéias sobre educação.
Bom, te respondo por e-mail sobre de qual escola eu falava no post O Eterno Novato (uma escola linda, linda), mas não deixe mesmo de visitar várias porque a ordem de prioridade de cada família é diferente e na minha lista de família nômade, aceitar a diversidade e negociar apesar dela, era uma princípio fundamental.
Beijos pra você e fica de olho porque semana que vem a gente vai marcar um encontro Quintarola, aproveitando que a Clau está no Brasil. Quem sabe a gente não se conhece?
Beijos
Cibele

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Solução de menino

Menino tem umas soluções tão diferentes das nossas diante de situações complexas…

Porque consegue botar no mesmo prato coisas muito diferentes, às vezes até opostas (o conceito de absurdo não funciona como restrição).

Porque vê o mundo de outras perspectivas, sem ter de usar a imaginação.

Porque não usa a reversibilidade.

Porque é ingênuo.

Porque arrisca.

Porque brinca (e brincar pode ser muito mais sério que considerar).

Por isso que eu fico revoltada às vezes com a ultra-pedagogia (essa mania de ensinar a priori que o adulto tem). Porque já vi inúmeras vezes adulto – até sem perceber - tentando impedir soluções incríveis e originais das crianças. Ainda bem que poucas vezes conseguem, porque outra coisa que menino sabe muito bem é sair pela tangente.

Uma menininha chega ao ateliê e diz que quer construir uma casinha. A operadora, tomada de furor pedagógico, quer “ajudar”: oferece a ela uma caixa de papelão, pra ser “a base” da sua construção. Mas a menininha recorta a caixa, pega um único lado plano e constrói sua casinha toda ali, sem nenhum volume, mas cheia de movimento das janelinhas, das portas até da fumaça saindo da chaminé. Aplica papel colorido, desenhos nas paredes num interessante recurso de transparência, e logo obtém a casinha mais linda que eu vi nos últimos tempos. Toda “achatada”, pra nós vista do alto, pra ela vista como lhe convém.

escher-unbelievable-527579_1024_768

Imagem: Escher

Não precisei explicar nada pra operadora. A pedagogia agiu ao revés.

_Claudia_

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Os bastidores das festas escolares



Festa na Vila, da artista naif Ana Maria Dias



Em geral, os pais desconhecem como funcionam as festas escolares. Encantados frente ao que a escola apresenta como produção do próprio filho, no que estão certíssimos aliás, não ficam a par dos bastidores do evento. Mas vou contar pra vocês... Em geral, o ensaio de uma música para o dia das mães, um poema decoradinho para o dia da árvore ou uma coreografia de festa junina demanda muito, mas muito tempo escolar. É preciso pensar se essas produções trazem o retorno de aprendizado em relação ao custo que elas demandam. Portanto, aproveitando que é junho, tempo de festa junina, abram os olhos! Quadrilha muito bem ensaiadinha é embalagem pedagógica para seduzir os pais. Mais vale lembrar o que a dança representa numa festa com identidade tão comunitária e resgatar a alegria de dançar!

A gente pode ainda questionar o que é produção das crianças e o que é produção dos professores embalado de infantil...Ilustro...Uma vez, fui a uma Festa da Poesia em que cada turma recitava uma poesia em estilo jogral, com as mãozinhas pra trás. Antes, as turmas eram apresentadas pela professora: O terceiro ano escolheu a poesia tal do autor tal. Dois toques de triângulo e as crianças recitavam juntinhas, qual reloginhos. Palmas da platéia ao final. Pra não falar da pobreza expressiva do jogral, fico no seguinte detalhe: as poesias “escolhidas” pelos alunos eram na verdade currículo da escola.

E há mais...uma criança me conta que na sua escola a dança sai beeem direitinho e ninguém erra. Pergunto a ela: Ah, então vocês têm de ensaiar muito, né? E ela me responde que sim, mas o principal motivo disso é que a coordenadora da escola, nos dias posteriores à festa, entra na sala com o queixo levantado (olha que jeito de explicar sensacional!) e cobra o aluno que errou.

Quer saber mais? Converse com uma criança perto de você! E quando for a uma festa pronta, não se esqueça de averiguar se a produção é da criança mesmo, se ela participou realmente, se o tempo escolar demandado pra tanta prontidão não poderia ter sido melhor utilizado, enfim...não se esqueça de observar a quem a festa escolar serve...Aos pais? À escola? À criança?

A propósito, sábado fui a uma festa escolar linda, linda... Como diria o Caçador da história da Chapeuzinho Vermelho parafraseando o filósofo Leibniz*...nem tudo está perdido quando resta uma esperança!

E que venha a segunda-feira!


_Cibele_

*nada é necessário se seu oposto for possível

sábado, 19 de junho de 2010

Quintarola de porteira aberta

A Dani H confirmou o que o Garrocho já tinha alertado. Os comentários do blog estavam sendo barrados e exigiam credenciais google para entrar. Acho que solucionei o problema, se alguém mais for barrado, grita por e-mail, por favor?

Beijos

sexta-feira, 18 de junho de 2010

José Saramago, 1922-2010

Hoje, sexta-feira, 18 de Junho, José Saramago faleceu às 12.30 horas na sua residência de Lanzarote, aos 87 anos de idade, em consequência de uma múltipla falha orgânica, após uma prolongada doença.
O escritor morreu estando acompanhado pela sua família, despedindo-se de uma forma serena e tranquila.

Fundação José Saramago
18 de Junho de 2010

------

Hoy viernes 18 de Junio, José Saramago ha fallecido a las 12:30 horas en su domicilio de Lanzarote, a los 87 años de edad, a consecuencia de un fallo multiorgánico después de una larga enfermedad.
El escritor murió acompañado de su familia, despidiéndose de una forma serena y plácida.

Fundación José Saramago
18 de junio de 2010

Saramago

A Saramago, a homenagem do Quintarola.

“Consciência Planetária”

Edgar Morin fala muito nisso. Mas é o tipo do conceito fácil de entender e difícil de assimilar. Porque a gente tá infestada de pensamentos do século XX. E Morin propõe justamente “sair do século XX” , dar uns volteios, uns giros pra ver as coisas a partir de novas perspectivas.

Consciencia planet

Daí que essa conversa de consciência planetária fica ainda muito presa – atrelada - na conversa daS culturaS, das raízes, da singularidade, de povoS, de sistemas, de distâncias, de fronteiras. Mas a História é um mecanismo dinâmico, poroso, mutável, flexível. É tudo movimento e busca de relações, não podemos ficar enraizados.

Pelamorideus, cultura é importante, raízes são importantes, mas se a gente pára nelas, elas perdem o sentido, fica fundamentalista. A cultura e as raízes serão sempre referências pra gente pensar o que é, mas se a gente parte de pensar o que deseja tem mais chance de andar pra frente. O que cada um deseja, sozinho, em grupo, em pares, tanto faz. Taí o ponto de partida. (Cheguei à conclusão que conheço muito mais alguém perguntando “pra onde você gostaria de ir” que “de onde você vem”, porque na primeira pergunta vem incluída a segunda).

Enquanto isso as crianças estão vivendo variados aquis e agoras. E já nascem com consciência platenatária. Criança não acha nada longe, nem tão diferente assim, não tem medo de avião, não se atém a particularidades (embora saibam observar) como cor da pele, que língua fala (elas arrumam um jeito de se comunicar), como se veste, se é rico ou pobre, se… se… se… Criança bota na mesma panela o que podia ser antagônico (como por exemplo natureza e tecnologia), vive no absurdo, na incoerência, aceita o complexo. E assim tem mais chance de, mesmo sendo ser político, não oprimir.

Eu acho que as crianças já saíram do século XX e a gente anda correndo atrás delas com o nosso furor pedagógico inútil. Quem sabe aprender um pouco com elas?

_Claudia_ fazendo as malas pra amanhã chegar do outro lado do mar

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Dança para crianças


A gente não entende bem porque uma arte tão cara à infância fica tão afastada dela. Olha que legal esse projeto do Itaú Cultural que aproxima os universos da criança e da dança contemporânea. Workshop, palestra e espetáculo imperdíveis para paulistas.

O bicho pegou

É o seguinte, ando apertada de costura e a Clau fechando as malas para aterrissar em terras brasileiras no sábado (conferiu tudo?). Então essa semana a gente funciona em estilo devagar quase parando e semana que vem retoma a postagem com fotos dos encontros e tudo mais.
E por falar em encontros, que tal o primeiro encontro Quintarola com as duas sócias ao vivo e a cores? Quem topa? Clau, como está a agenda pra semana que vem?

Beijos

Cibele

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Sexta-feira é dia de link - Ladrão que rouba ladrão tem cem anos de perdão

Já falei da inesquecível cena do Moreno Veloso tocando um pianinho vermelho de brinquedo no show da Partimpim, né? Pois então, vejam só que fofura esse vídeo do Pato Fu, roubado da Fernanda Werneck, que por sua vez roubou da Ju Sampaio. É o cd novo da banda mineira. Tem mais aqui.

Ah, é uma coisa de fofo!

Bom fim de semana...

Cibele

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Notícia boa

Na correria dessa semana, não pude vir dar a boa nova. Ainda em tempo... o TJ do Rio de Janeiro deferiu a volta das crianças para a Associação Família Santa Clara.

Mais notícias você acompanha diretamente da fonte.

Mas não posso deixar de pedir aos quintarolenses queridos que ajudem a Associação através da conta:

Banco Real
agência 1212
c/c 3704848
336278030001/20

Um abraço,

Cibele

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Divagações sobre o Palhaço

O Palhaço é um personagem muito afim ao mundo infantil. Toda criança adora. Aliás, nem toda, porque ele estranhamente costuma ser escolhido (até com muita frequencia!) como objeto de medo e tensão dos pequenos, no meio de aranhas, crocodilos, ladrões, cães, lobos, fantasmas e outros seres “assustadores”. Por que será? Eu perguntava isso pro meu sobrinho quando era bem pequenininho e tremia ao ver um palhaço, mas ele nunca soube me explicar. Fica uma grande interrogação (que nem pretendo querer responder pra não cair em nenhum psicologismo).

De todo jeito, o Palhaço é o querido da meninada. Deve ser porque (e isso me arrisco a teorizar) como costuma dizer o Rodrigo Robleño, “o palhaço é um ser levado, nas duas acepções da palavra, isto é, de ser levado pela vida e de ser uma pessoa levada, danada, bagunceira”.

Pra ser Palhaço o processo é mais duro que se imagina. Porque o sujeito precisa, em primeiríssimo lugar, e isso aprendi também com o Rodrigo, aprender a lidar com o seu próprio ridículo. Porque é do próprio ridículo, projetado no ridículo do palhaço, que as pessoas riem. E que as crianças compartilham. O que pros adultos é um desafio, pras crianças é só um jogo. O Palhaço precisa conhecer bem as regras do jogo e saber até onde ir, o que é permitido ou não, senão não “funciona”, não diverte. viralata igarapé 1

Não basta (o exagero pode até atrapalhar) vestir-se de Palhaço, botar peruca, um narigão vermelho (aliás, esse ítem deriva do nariz vermelho dos primeiros palhaços, que não eram lá muito sóbrios) e fazer palhaçada. Não basta ter boas intenções. Cada um de nós tem um Palhaço dentro que precisa ser encontrado se se quer ser Palhaço de profissão. Poucos conseguem.

_Claudia_

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Crianças e Cárcere

spaziogiallovaincittlocandinapersito No fim da semana passada, participei de um evento muito bonito. Uma ONG chamada Bambinisenzasbarre (Crianças sem barras, vinculada à Eurochips) organizou de quinta a domingo a “Semana Européia de Sensibilização sobre os Filhos de Pais Prisioneiros”. A intenção, além de tornar visíveis essas crianças através de suas representações pictóricas, era apresentar ao Parlamento Europeu uma carta de propostas sobre a importância da manutenção dos laços familiares quando um dos pais é detido (artigo 9 da Convenção da ONU dos Direitos da Infância e da Adolescência).

Durante o evento de abertura, foram expostos desenhos das crianças filhas de prisioneiros, diariamente acolhidas nos “Spazi Gialli” (Espaços Amarelos) nas prisões de San Vittore e Bollate, em Milão, enquanto esperam o encontro com os pais. O atelier de pintura do Cárcere foi reproduzido e aberto a todas as crianças, que puderam desenhar, pintar e ainda assistir a um espetáculo-oficina de um importante escritor da literatura infantojuvenil italiana, Roberto Piumini.

Na Itália, são 75.000 as crianças nessa situação, na Europa 820.000. No Brasil quantas serão, e no mundo…

E eu continuo sonhando com uma sociedade sem prisões.

_Claudia_

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Sexta-feira é dia de link _ Third Culture Kids

Achei super legal esse post do blog Anjos e Demônios sobre crianças que se mudam tanto a ponto de terem uma forte experiência de desenraizamento. Como essas mudanças influenciam na identidade das crianças e quais habilidades elas acabam adquirindo são alguns temas do texto. Como ex-nômade, embora dentro do próprio país, esse texto me disse muitas coisas...

Não deixem também de entrar nos links do post...

Bom fim de semana,

Cibele

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Mordidas

De vez em quando gosto de ficar googlando meu nome pra ver o que aparece. Mais falta de quê-fazer impossível, mas é divertido. Daí numa dessas egotrips dei de cara com um artigo meu, juráaaaassico, publicado num blog com alguns comentários dos leitores.

morso



O artigo era sobre a mordida, uma das coisas que mais aterrorizam pais e mães e desconcertam educadores de crianças de maternal. Baseada nos meus estudos e na minha experiência, teci o artigo em torno da idéia de que as crianças mordem pra conhecer. A si mesmas, ao outro, ao ambiente social.

Uma das mães nos comentários diz:

"Uai, se fosse por conhecimento, todas as crianças morderiam, não? Porque algumas mordem e outras não? Falta de vontade de conhecer o mundo? Não sei, nunca vi a 'coisa' por esse prisma e penso em duas possibilidades: uma, a criança tem uma agressividade latente e outra, não sabe colocar pra fora a frustração. Já presenciei os dois casos e posso dizer que no primeiro, a criança além de morder, arranhava, puxava cabelo ou aquilo conseguisse fazer de assalto, depois ainda ria da reação de outra criança. Preocupante, pois uma criança muito pequena portar tal nível de agressividade é porque presenciou essa agressividade. Pareço radical, mas não - e percebo que quando damos atenção, reservamos uma horinha para relaxar e conversar, ouvir musiquinhas ou tirar uma pestana junto com a criança, essa agressividade diminui. Trabalhar em grupo com crianças muito pequenas é excelente! Algumas interagem como se fosse o grupo uma pessoa só e talvez por isso, vez ou outra descarregam uma frustração em cima de um amiguinho. Engraçado que o meu filho nunca foi alvo de mordidas, será porque ele sempre foi o grandão da turma? (rs*) - As crianças são bastante observadores e sabem bem até onde ir - Algumas vezes nos testam! Beijus,"

Vamos brincar de comentar também? Queria muito saber a opinião das mães e pais do Quintarola sobre isso. O link pro texto integral taí.

_Claudia_

terça-feira, 1 de junho de 2010

Sobre o fechamento da Associação Santa Clara - vocês viram isso?

Uma associação que abriga crianças há mais de 20 anos. Um casal que acolhe a ponto de construir uma família.

Um promotor que, não tendo mais o que fazer na pacata cidade do Rio de Janeiro, resolve implicar com três quilos de alimentos e alguns remédios vencidos num depósito desorganizado.

Crianças transferidas para outros lares sem aviso prévio e sem serem ouvidas. Infrequência na escola, irmãos separados.

Para saber mais, uma voltinha pelos links:
RJTV
RJTV2
Eneaotil

Associação Santa Clara

Dá procê uma coisa dessa? Diríamos aqui em Minas...

_Cibele_
 
BlogBlogs.Com.Br