quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Sua vez!

Peço licença pra interromper um pouquinho a série dos Museus, logo escreverei sobre o Museo della Scienza e Tecnologia Leonardo Da Vinci de Milão. Mas essa eu preciso contar.

Aconteceu nos dias 22,23 e 24 de setembro, em Verona, mais uma edição (a nona) do Tocatì (Toca a ti= sua vez), o Festival Internacional de jogos e brincadeiras tradicionais. Já falei dele aqui no Quintal uma vez, há dois anos atrás.

Este ano fizeram homenagem a diversos países, entre eles o Brasil, que compareceu com a Capoeira. Era uma capoeira um pouco pra inglês ver em termos de qualidade, mas dentro dos objetivos do Festival, que é de botar as pessoas pra brincar, funcionou direitinho.

Como a Capoeira, mostraram também o Kabubu do Congo; a Malha de Portugal; o Tiàoshéng de Taiwan; a Ulama de cadera do México; a Varpa da Suécia e o Zurkhaneh do Irã. Além desses, um monte de outros jogos das diversas regiões italianas, além de jogos urbanos (como o skate e o iô-iô por exemplo) e alguns jogos de mesa. Todos esses vocês podem ver as imagens no site do Festival.

A cidade, com sua beleza de tirar fôlego, estava tomada de gente brincando. Um clima idílico.

Teve seminários, mesas redondas, work-shops, exposições, shows, tudo em torno do brincar. Muito, muito legal mesmo.

Aqui algumas fotos que fiz durante o passeio que fiz por lá com meu sobrinho Tomás, de 6 anos, que estava me visitando por aqui e deu outra graça ao Festival. Ano que vem vou ter de  alugar um menino pra ir comigo =)

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_Claudia_

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Museus para ou sobre a infância ao redor do mundo _ uma nova série_ capítulo 1

 

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Os estudos sobre museus estão crescendo muito, talvez porque a educação tenha percebido esse espaço também como uma instituição educativa. Já se fala inclusive em uma didática museal.

No Brasil, a coisa ainda engatinha, mas espalhados pelo mundo afora, há muitos museus bacanas para ou sobre a infância.

Os museus para as crianças podem ter os mais diversos assuntos, mas tentam torná-los acessíveis  a essa faixa etária. Os museus sobre a infância costumam abordar essa faixa etária como  estudo, com forte potencial antropológico ou histórico, mas se destinam a qualquer idade. Na verdade, essa é uma divisão didática. No fim, criança não vai sozinha ao museu, vai acompanha de um adulto. E os adultos espertos quase sempre imaginam formas de fazer a ponte entre a criança e o museu, por mais intimidador que seu conteúdo possa ser.

Aqui começa mais uma série do Quintarola. Dar uma voltinha por aí visitando (virtualmente) alguns museus, pensando neles e com eles. Começo a série com o The Brooklyn Childrens Museus (link meu), possivelmente o primeiro museu desse setor no mundo, inspirador de diversas outras iniciativas. Situado em Nova Iorque, ele foi inaugurado em 1899.

Virtualmente, há algumas exposições muito legais para serem visitadas: uma coleção de chocalhos, uma coleção de objetos sobre a noite, outra de armas, uma coleção de bonecas fabricadas em razão da coroação da Rainha Elizabeth II e muito mais.

Pra gente ver que museu para crianças não precisa de ser museu só de brinquedos e que reciclado é muito mais que bonequinho de garrafa pet.

PS: Adoro a música desse site!

_Cibele_

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Universidade da Criança

Que legal esse projeto de extensão da UFMG! É a Universidade da Criança, um programa que promove encontros entre crianças e pesquisadores da UFMG. Elas perguntam, eles respondem. Depois as crianças discutem as respostas e o projeto cria áudios e vídeos sobre o assunto.

Os curtas já estão participando de uma mostra de cinema em Buenos Aires, olha que chique!

Uma ferramenta super legal de pesquisa!

Aqui, ó (link meu),

_Cibele_

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Teste

Brasil

_Cibele_

Música de gente grande pra crianças

Em muitos lugares do mundo, não há produção de músicas para crianças assim como aqui no Brasil. Embora a gente tenha muita coisa bacanéssina nessa área, confinar (vide Edmir Perroti) a infância é sempre um risco. Por isso, de vez em quando é bem legal mostrar música de gente grande pros pequenos.

Olha essa aí em cima, que bacana!

_Cibele_

Desabafo 2

 

Taí, gente. Chegou ao Quintarola também esse link propagandístico. Já disse lá no facebbok que até pouco tempo atrás, uma palavra sublinha era um link explicativo. Agora não é mais. É alguém querendo vender alguma coisa no quintal. Como nas propagandas de tv, igual ao moço do dvd pirata que interrompe o jantar da gente no restaurante, igual ao vendedor que te cata na calçada, igual a chama telefônica com mensagem automática pseudo-personalizada.

Vou pensar numa medida lúdica para isso…Me ajuda, Clau?

Beijos

_Cibele, ainda zangada_

Desabafo rápido

 

Algumas pessoas não deviam nunca trabalhar com educação.

Escola não é uma empresa qualquer, da mesma forma que educação não é uma mercadoria.

Se a escola particular tem o lugar que tem no Brasil, pelo menos que as leis de mercado sejam adequadas às concepções mais humanistasda educação. De qualquer educação.

Tem lei de mercado que é um puro deseducar. É óbvio, mas a gente esquece…

_Cibele zangada_

terça-feira, 13 de setembro de 2011

100 livros de Jonas!

Meu amigo Jonas Ribeiro comemora o lançamento de seu 100^ livro. Que maravilha! E aí vai o convite, pro pessoal de Sampa, desenhado e escrito por ele mesmo. Não é o máximo?

 

convite comemorativo

E aqui, a Editora Callis entrando na brincadeira!

Convite Jonas

_Claudia_

Inutilidades

Eu acho que essa maquininha foi inspirada no mito de Sísifo (ou Prometeu).

Ai-meu-deus-du-céu, como eu a-mo as coisas inúteis! =)

 

_Claudia_

domingo, 11 de setembro de 2011

Vamos?

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_Cibele_

O desenhos-relatos das crianças de Terezin

Ao que parece, a maior coleção de desenhos de crianças conta uma história dura de se ouvir. Entre as cores da esperança de um dia melhor e traços muito mais desencantados, as cerca de 11 mil crianças do campo de concentração de Terezin*, na Alemanha, deixaram um legado muito raro: o testemunho direto da criança.

Esse campo de concentração tinha a particularidade de ser uma espécie de vitrine para a Cruz Vermelha, convencida de que ali os presos viviam com certa dignidade. Em Terezin, as crianças tinham aulas de artes com Friedl Dicker-Brandleis, artista que conseguiu guardar os desenhos em duas malas.

A coleção é parte do acervo do Museu judaico de Praga e passeou pelo Brasil recentemente. Infelizmente, a história contada pelas crianças tem lá seu tom específico, mas é a mesma história contada pelos adultos. Com um fim conhecidamente triste!

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*das 11 mil crianças, que segundo relatos de sobreviventes, cantavam para espantar a fome e o medo, cerca de 100 se salvaram.

 

_Cibele_

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Falar bem se aprende

Uma das primeiras diferenças que eu notei entre as crianças italianas e as brasileiras é a desenvoltura e competência oral das primeiras. Não que as crianças brasileiras não falem bem, mas as italianas exageram. Falam com uma retórica assustadora, e com que correteza gramatical… As crianças brasileiras têm essa desenvoltura no corpo, na expressão corporal, se se quiser, que as italianas têm muito menos. Mas no ítem oralidade as italianas estão muito na frente. Coisa que levam pra vida inteira, o italiano adulto médio fala muito bem.

Com o tempo percebi que essa competência vem muito da escola, do estilo de educação daqui. Desde muito cedo, a expressão oral é incentivada na sala de aula. A avaliação nas escolas italianas é tão oral quanto escrita, às vezes até mais oral. As aulas são principalmente faladas e são constantemente ensinadas regras do diálogo, coisas simples como não interromper o outro que fala (e se acontece o outro se aborrece), encadear o discurso com bons elementos de coesão e coerência, alterar seu ritmo para não entediar os ouvintes, etc. Isso tudo ajuda muito. Gostaria de ter aprendido isso tudo quando era criança, pra ter mais familiaridade com a coisa. Não tenho.

Mafalda

Eu não tive essa formação oral e acho falar uma das coisas mais complicadas que existem. Me peçam pra escrever um artigo e dou pulos de alegria, mas se preciso falar em público passo dias de sofrimento, gaguejo, perco o fio da meada.  Me sinto sempre “correndo atrás do prejuízo”, como dizem os narradores de futebol, esses sim, companheiros da desenvoltura oral embora inimigos da competência linguística. Não se deve confundir uma coisa com a outra… “Falar bem” não é dizer abobrinhas que parecem sérias.

Hoje encontrei esse artigo falando da importância da narrativa oral no desenvolvimento cognitivo, reconhecida por uma pesquisa na USP; teria até algumas ressalvas às conclusões do artigo, embora concorde absolutamente com a afirmativa central, mas o comentário final do Maurício Leite (Mala de Leitura) é extraordinário.

Enfim, a ideia seria oferecer desde cedo recursos pra  encadear pensamento e expressão oral. Algo como ser inteligente com a desenvoltura de um speaker. Quer mais?

Aqui você pode ver e baixar a tese completa.

_Claudia_

domingo, 4 de setembro de 2011

Pra ler junto

Muito bacana o trabalho da escritora mineira Elizete Lisboa, que conheci através de sua irmã, a Pitucha (contadora de histórias, mediadora de leitura e oficineira de braille).

Elizete defende a ideia de inserir o braille nos  livros infantis. As ilustrações também têm algumas partes “em braille”, isto é, com pontinhos tocáveis no contorno. Coisa delicada de realizar, porque cada desenho precisa compor com o da página no verso… Mas a ilustradora Ana Raquel, ajudada pela própria Pitucha, faz isso muito bem.

Crianças que enxergam podem conhecer o braille e  compreender melhor o universo da criança que não enxerga. E estas podem ampliar suas linguagens. O que achei mais legal é a oportunidade de interação entre as duas, que podem ler juntas a mesma história, cada uma com seu recurso.

Na Livraria Virtual da Paulinas é possível adquirir os livros.

E esse aqui é o vídeo sobre a experiência:

_Claudia_

sábado, 3 de setembro de 2011

Manoel para fazer o sábado sorrir

Desde que vi esse vídeo, há dois anos atrás, na exposição Artes para Crianças, procurei para trazer aqui pro Quintal. Até que a Rosana Padial, leitora de outros carvavais, achou esse presente:

Bom sábado,

_Cibele_

 
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