Ao que parece, a maior coleção de desenhos de crianças conta uma história dura de se ouvir. Entre as cores da esperança de um dia melhor e traços muito mais desencantados, as cerca de 11 mil crianças do campo de concentração de Terezin*, na Alemanha, deixaram um legado muito raro: o testemunho direto da criança.
Esse campo de concentração tinha a particularidade de ser uma espécie de vitrine para a Cruz Vermelha, convencida de que ali os presos viviam com certa dignidade. Em Terezin, as crianças tinham aulas de artes com Friedl Dicker-Brandleis, artista que conseguiu guardar os desenhos em duas malas.
A coleção é parte do acervo do Museu judaico de Praga e passeou pelo Brasil recentemente. Infelizmente, a história contada pelas crianças tem lá seu tom específico, mas é a mesma história contada pelos adultos. Com um fim conhecidamente triste!
*das 11 mil crianças, que segundo relatos de sobreviventes, cantavam para espantar a fome e o medo, cerca de 100 se salvaram.
_Cibele_
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