quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Programa de férias



Já perceberam como o moralismo marca os fabulosos desenhos e livros infantis orientais? Aliás, a fábula de Esopo O Pastor e o Lobo tem uma versão japonesa muito popular do lado de lá, que é especialmente assustadora e dramática.

É só lembrar também da versão japonesa (1972) da história do Pinóquio. Foram 52 episódios produzidos pela Tatsunoko (Speed Racer) e televisionados até a década de 80. Nela, o menino de madeira e cabelo azul sofre os mais terríveis castigos, tem as pernas queimadas, encontra-se com bruxas e toda espécie de seres.

Se você vai assistir o Mundo Encantado de Gigi, não deixe de resgatar essas e outras referências. Na sessão em que fui, 4 ou 5 famílias tiveram de sair antes do final. Uma criança chorou intensamente (e esse pai não saiu, pro desespero dos que ficaram e pior, da própria criança).

É escuro, linear, arrastado, cheio de clichês, uma miscelânea de folclores do mundo todo descontextualizados e uma trilha sonora ruim. Googlando, você pode ler críticas muito mais amigas, daqueles que estudaram cinema e querem enfiar um Rintaro (Metropolis)goela abaixo das crianças. Custe o que custar.
É uma outra infância, mostrada pras crianças daqui. Pros maiores, talvez valha essa explicação.
_Cibele_

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