segunda-feira, 15 de novembro de 2010

História da Infância

A mais famosa é a do Philippe Ariès (1960), que todos vocês já devem ter lido, segundo a qual a consciência de infância era ausente na sociedade medieval; tão logo conseguisse viver sem a assistência direta da mãe ou substituta, a criança entrava diretamente na sociedade adulta. Esta tese é fundamentada principalmente na análise da Arte medieval, em que as crianças são representadas como adultos em miniatura.

Alguns autores alargaram esses estudos: deMause (1974), Shorter (1977), Stone (1977).

bambini 1900

Outros criticaram a visão de Ariès: Garnsey (1991), Hanawalt (1993), Shahar (1990) e principalmente Linda Pollock (1983), em seu interessante livro Forgotten Children. Nele a autora questiona a modalidade indireta com que os dados foram recolhidos nos estudos de Ariès e seus seguidores e defende que os mesmos devam ser recolhidos sobretudo em fontes mais diretas, como diários, autobiografias, artigos de jornal e atos de tribunais relativos a processos envolvendo crianças e adolescentes. Através destes documentos, a autora alega ter encontrado uma visão da História da Infância muito diferente daquela de Ariès. Segundo Pollock, a idéia de infância não só existia desde épocas muito longíquas como foi sempre um pré-requisito para a sobrevivência das sociedades humanas.

Barbara Hanawalt traçou um quadro da vida de crianças e jovens na Londres dos séculos XIV e XV, Lester Alston dedicou-se ao estudo das crianças escravas nos Estados Unidos e Elliot West estudou as crianças imigradas naquele país entre 1880 e 1900; outros estudos que merecem ser lidos.

E quem sabe desdobrados em novas pesquisas…

_Claudia_

Um comentário:

Fernanda disse...

eu sempre aprendendo com essas quinteiras....
beijos
Fer W

 
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