quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Contação

Minha visita ao Grupo de Contadores de História da Biblioteca Pública Infantojuvenil da Prefeitura de Belo Horizonte foi sensacional. Uma interlocução gostosa, tranquila e amorosa, como tudo que acontece ali. E no final empadinha e guaraná. O que mais a gente pode querer da vida?

- O grupo é formado por gente que gosta de contar. Se você quiser participar, a casa é sua. Simples assim. Um pessoal que estuda, se prepara, se forma junto. Gente de toda idade, gênero, profissão… que se encontra em torno dos contos, da poética da narração.

- Conheci um trabalho interessante de leitura pra crianças cegas, e inclusive tive a resenha da Princesa lida em braille. Me deu vontade de aprender a ler com os dedos também, super prático pra palestras e mesas redondas, é ou não é?

- Eles têm um método excepcional de conduzir a atividade com as crianças: lêem o texto simplesmente, sem mostrar as ilustrações e sem dramatização excessiva. Tudo muito pautado na voz, enlevado, quase sonhado. E nada de mudar as palavras escritas, explicar, parar no meio, nem pensar, o texto é aquele e deve ser preservado. Se a criança quer ver as imagens, manuseia o livro depois e pode inclusive levá-lo pra casa em empréstismo pra se deliciar mais ainda e descobrir outras linguagens. Mas aquele momento ali é de aprender a escutar (coisa difícil hoje em dia), de se envolver com as palavras, de se deixar levar pelo conto. Monomidia, ô coisa boa num mundo sempre tão multi.

- O grupo conta com o apoio de gente fortíssima em literatura infantojuvenil. As discussões são ricas e bem fundamentadas, todo mundo super bem informado. Quem me dera estar ali toda sexta de manhã…

Roda de LeituraFoto: Lourdinha Viana

Enfim. Voltei pra casa com vontade de criar um grupo desses aqui. O que não falta é biblioteca. Vou sair à cata de interessados. Dou notícia depois.

_ Claudia_

Um comentário:

Cibele disse...

Ôba...notícias do que vc vai aprontar aí e da sua viagem aqui.

 
BlogBlogs.Com.Br