sexta-feira, 4 de março de 2011

Crianças como agentes sociais

Dia desses, meu filho de três anos anunciou que quando for grande, vai ser pai de um menino Vítor. Eu acho graça, digo que vou ser a avó e que vou fazer panquecas voadoras para ele. O menino franze a testa e diz que vai comer tudo. Digo que, nesse caso, vou fazer brigadeiro. Ele insiste: EU VOU COMER TUDO!

A verdade é que, num período da vida tão egocêntrico, não há espaço para se ter um filho. Ter um filho é ver a nossa própria mãe virar avó e babar numa permissividade que qualquer filho estranha ver na própra mãe. Um filho/neto muda a vida de qualquer família.

Até aqui falei o óbvio. Mas se é assim, porque insistimos em estudar a socialização pela via do adulto, ignorando os pares-crianças e ignorando o papel das próprias crianças nas mudanças sociais?

O filme Valentin, indicado ao Oscar de filme estrangeiro anos atrás, mostra o desencadear das ações de um menino de 8 anos nas vida de seus próximos. Um filme muito bonito, aliás. Parece que o novo filme da Sophia Coppola, Somewhere (Em Algum lugar), também permite essa leitura.

Em tempos de adultos infantilizados, não é de se estranhar que as crianças mudem de papel.

Bom carnaval chuvoso pra todo mundo e fica a dica praqueles que apostam na locadora como o folião mais animado,

_Cibele_


Trailer de Somewhere

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