sábado, 9 de julho de 2011

As minhas desmedidas: afinal, pra que servem?

Foi uma semana pensando em sentidos e conceitos.  Desmedida é uma palavra etérea, embora provocativa. Muito complexa. A Cibele pegou pesado nesse desafio viu.

Vieram à tona três coisas que me incomodam muito. Pensei as desmedidas que faria a partir de cada uma delas, relacionadas entre si pra dar um sentido de conjunto talvez, tenho mania disso.

1) No meu prédio ultimamente tem algum morador (ou moradores) que deixa(m) sempre o portão e a porta aberta quando entra(m) e sai(em). Fica tudo escancarado. Isso me dá impressão de pouco cuidado consigo mesmo e com os outros. Uma medida lúdica seria, simplesmente, retirar o portão e a porta do prédio por alguns dias, não seria má ideia, embora um pouco difícil de executar. Mas eu precisava de uma desmedida lúdica. Aí a solução que encontrei foi pregar um cartazinho na saída, escrito assim: AFINAL, PARA QUE SERVEM AS PORTAS?

2) A faixa de pedestres. Geralmente as pessoas param pra gente passar, é costume. Mas tem uma faixa, bem na frente do clube perto de casa, onde ninguém pára. Nunca entendi o porquê de justamente ali, onde circulam tantas crianças, ninguém parar. Uma boa medida lúdica seria ficar parado no limite entre calçada e rua, indicando a faixa com o dedo pros motoristas que passam. Seguindo a mesma lógica anterior,  porém, a desmedida lúdica que pensei  foi botar, bem visível, os dizeres: AFINAL, PARA QUE SERVEM AS FAIXAS DE PEDESTRES?

3) A população de cães no bairro é enorme. Quase todo mundo tem um. Nos parques tem a “area cane”, uns compartimentos gramados e cercados onde as pessoas soltam os cachorros. Em teoria os bichos deveriam deixar as necessidades lá. O problema deve ser o trajeto entre casa e area cane, porque as calçadas ficam sempre cheias de cocô de cachorro. Muito mesmo. Tem de andar com atenção pra não pisar. Uma medida lúdica: sabe aqueles palhacinhos que a gente enfia nos canapés? Pensei em enfiar um palhacinho em cada cocô deixado pelas ruas sem recolher. Cheguei até a comprá-los.  Mas no fim das contas, como desmedida em sintonia com as outras duas,  tinha mais a ver  outra mensagem, colocada bem do lado do cocô: AFINAL, PARA QUE SERVE O DONO DO CÃO?

Aí vocês perguntam: onde estão as fotos? Bem… no fim das contas acho que  falou mais alto o sentido de não-atitude da palavra des-me-di-da. Porque não fiz nada disso essa semana. Não tomei essas desmedidas lúdicas que pensei. Decidi deixá-las continuarem ideias. Afinal,  concluí, desmedidas, mesmo  lúdicas, pra ser desmedidas,  têm de ser inúteis. Taí. Desmedidas lúdicas  não servem pra nada mesmo… só pra gente se divertir inventando!

Vale?

_ Claudia_

6 comentários:

Cibele disse...

Pôxa, mas eu gostei tanto das ideias!!!! hahahaha...Claro que valeu!

Ó, pode mandar meu desafio, mas vou logo avisando que estpu até a tampa de para casa, última semana de aula.

Beijos

Claudia Souza disse...

Ufffffaaa, ainda bem que a sócia é gente boa, compreensiva.
Podexá que, pra compensar, te dou um desafio bem maracujá =)
Beijoca!

Anônimo disse...

Claudia confessa. Vc como agente social è uma COMEDIDA ;-)
Beijo. Juliana.

Cibele disse...

kkkkk...acho que a Juliana tem razão...

Lembrei de ums desmedida lúdica ótima. Uma professora de filosofia contava de um Congresso importante em Ouro preto. Os professores do depto sairiam do Campus da UFMG de ônibus. Horário marcado, todos sentados, ela faz que vai subir e decide simplesmete não ir. Avisa ao motorista, não justifica pra ninguém e se despede de todos (que olham espantados pela janela)com um aceno de mão. "às vezes é bom ver a vida da gente como se numa cena de cinema". Vamos aprendendo...

Claudia Souza disse...

Também acho, Juli! Não só como agente social, eu sou COmedida mesmo. E com o tempo tô ficando mais... devo me preocupar?

Claudia Souza disse...

Adorei essa da professora!

 
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