De Nova Iorque, vamos parar na Inglaterra. Em Londres, mais especificamente. No V&A Museus of Childhood, o MOC. Desde o século XIX, havia o projeto de se construir um museu para guardar a herança cultural da Grã Bretanha. No entanto, apenas em 1922, foi iniciado um movimento que o tornaria um museu especilizado na infâcia. Em 1974, depois de várias idas e vindas nesse projeto, o museu reabriu definitivamente como um museu dessa natureza.
Hoje, as exposições permanentes do Museu se dividem em três galerias: Moving Toys, Creativity e Childhood, retratando a infância desde ano de 1600 até os dias atuais. Há ainda diversas exposições itinerantes.
O site não é muito atrativo e quase não permite visitas virtuais, mas detaco aqui algumas alas imperdíveis (que podem depois ser enriquecidas com pesquisas do Google):
1) A exposição de fotos de Julia Margaret Cameron (1815-1879) sobre a infância: Uma das fotógrafas mais conhecidas na história da fotografia, ela começou a fotografar apenas aos 48 anos e me faz pensar sobre como cada geração pensa a infância. Como a infância pensa a própria infância, como os jovens pensam a infância, como os adultos pensam a infância e como os mais velhos pensam a infância. Mas essa é uma inquietação muito particular. Da Julia Margaret Cameron, crianças inocentes sob uma luz e uma dramaticidade que inspiraram vários fotógrafos depois dela.
2) A segunda ala é a dos educadores que apoiaram o brincar: De Platão a Piaget, passando por Erasmo, Locke, Rousseau, Pestalozzi, Froebel, Dewey e Steiner. Na verdade, o último educador mencionado é um grupo: pais e professores de Reggio Emilia. Bacana, né?
3) Aqui, temos uma exposição de 2009, a Perfis III. São fotos de crianças de um ano de idade em tamanho natural, da fotógrafa nascida em Munique, Bettina von Zwehl. Ela contou, em uma entrevista, que o perfil quase nunca é utilizado na fotografia de bebês e que queria dar a essa fase da vida pré-verbal uma impostância que raramente é reconhecida. No site dela, outra mostra de fotos de criança: a Anatomy of Control 2000.
4) Ali, a essência dos pesadelos, uma instalação feita por estagiários de artistas em que tudo pode acontecer. A descrição dá vontade de entrar:
“For The Stuff of Nightmares, the Museum’s Front Room Gallery will be transformed into a sinister forest where anything might happen, the dark setting for a re-telling of The Brothers Grimm’s Fundevogel, a tale of abduction, fear, evil old women, revenge and ultimately, friendship.”
Enfim, pra quem tem a sorte de estar em Londres, um passeio, para quem está por aqui mesmo, no mínimo, uma boa fuxicada no site.
Bom fim de semana,
_Cibele_
2 comentários:
Pronto! Agora vou ter de arrumar dinheiro pra ir pra Londres! Fiquei morrendo de curiosidade sobre esse Museu!
(Aliás, sou super curiosa sobre Londres inteira, nunca fui nem a Londres nem a Paris, olha que vergonha, morando aqui há cinco anos! Mas é essa coisa da grana, do trabalho, da falta de tempo, a gente não consegue viajar como quando alguém vem do Brasil passear na Europa).
Em julho do ano que vem vc vai me encontrar em Paris? Pleeeeaaaassseee!!!!
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