terça-feira, 13 de julho de 2010

A voz da razão

No outro extremo das escolas Waldorf, as escolas Logosóficas. Faço aqui minha meia culpa admitindo que sei pouco dessas escolas, sendo o que sei, conhecimento de segunda mão, isso é, fruto do relato de outras pessoas e da leitura de textos logosóficos. Para entender uma escola, a gente precisa conviver nela, observar seus efeitos, vislumbrar que aluno está ali e qual a transformação que a educação lhe propõe.
Apesar disso, não deixo de ter minhas impressões que esboço aqui. Um aluno me contou ... um estudioso da Logosofia jamais diz "eu acho", mas "eu penso". Uma vez fui vender um espetáculo infantil numa escola Logosófica e lá me explicaram: "tem bicho que fala?...então não pode, aqui a gente não conta estória de bicho que fala". E mais, a Logosofia não admite a existência do inconsciente, o que pra mim é similar a negar que a terra gira em torno do Sol ou da existência de células ou átomos.
Com uma realidade chapada no racional e na consciência, deixa-se de fora a imaginação, a realidade emocional do inconsciente, a dúvida e as incertezas. Se nas escolas Waldorf predominam as explicações míticas, nas logosóficas predominam as explicações do logos. Nem tanto ao céu, nem tanto à terra, diz o ditado.
Nas duas, outra coisa me incomoda...a força da regulação.
_Cibele_

2 comentários:

Cristiane disse...

Olá! Gostei de ler a reflexão da Cibele sobre a Logosofia. Procurei muitas vezes reflexões na internet sobre o assunto e só encontrei propaganda. Foi por indicação que cheguei ao blog de vocês. No que diz respeito a Logosofia, meu filho passou um tempo em uma dessas escolas e pelo que observei nele e em outras crianças me parecem muito complicada a maneira como castram a brincadeira e o imaginário infantil. Pretendo elaborar algo mais sobre esta questão.
Obrigada pela ótima abordagem!

Cibele disse...

Oi, Cristiane, quem bom te ajudou a pensar no assunto. Conta mais pra gent da sua experiência. Um abraço,Cibele

 
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