segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Um pequeno passo para formar eleitores mais críticos


Um dia depois do primeiro turno da eleição, o assunto está em toda parte. No sacolão, no elevador, nas escolas, no rádio, na televisão e na internet. Essa última tem se mostrado importante ferramenta e se configurado como espaço de debate. Mas uma coisa me espanta muito: a forma como as pessoas dão credibilidade a textos com algumas características específicas: textos em inglês, textos com autorias falsas de intelectuais ou textos com autorias verdadeiras de falsos intelectuais.


Uma escola que pretende formar cidadãos críticos, precisa tomar para si o ensino dessa habilidade de discernimento entre spans , boatos (hoaxes) e informação confiável. Pode começar com os pequenininhos tendo espaço para questionar os adultos, pra colocar a sua opinião, pode prosseguir com crianças que tenham acesso a modos legítimos e não legítimos de cultura para identificar essas vozes, pode terminar nos adolescentes sendo levados a levantar critérios de legitimidade das informações na internet. Uma coisa aqui me salta aos olhos. Não conheço alguém capaz de identificar um texto de falsa autoria que não tenha conhecimento do estilo do autor, ou pelo menos, da norma culta da língua. Da mesma forma que, para um leitor de jornal, é mais fácil identificar um texto falsamente atribuído a um jornal pelo flagrante estilo não jornalístico. De forma que os professores ainda tem um bom motivo para ensinar a cultura legítima, mesmo num mundo mundialmente conectado.

Espero que as próximas gerações deem continuidade ao processo de amadurecimento da democracia brasileira. Porque me espanta receber dezenas de e-mails boatos difamando candidatos, vindos de gente que deposita em qualquer conjunto de letras a confiabilidade que só se deposita num pai.
Que venha o segundo turno.
_Cibele_




2 comentários:

Cibele disse...

Clau,

Tem o que chamam de a nova classe média, uma camada da população super conservadora que tendo adquirido certa mobilidade social, traz consigo o medo de perder o que conquistou.
Vou ver se acho algum artigo legal aqui...

Claudia Souza disse...

Ci, desculpe, queria formular melhor a questão. Além disso, o Marco falou que a minha pergunta não tinha nada a ver com o Quintarola hahaha aí eu apaguei!
Mas manda o artigo aí que tá valendo, tô doida pra entender.

 
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