quinta-feira, 29 de abril de 2010

Uma questão de dignidade

Há algum tempo atrás, falamos aqui de adoção de crianças por casais homossexuais. Agora uma ótima notícia: o STJ, numa decisão histórica, acaba de reconhecer a adoção de duas crianças por um casal homossexual no Brasil.

Conforme reportagem da Folha de São Paulo, apesar de não ser um decisão vinculante, que precisa ser acatada, agora as decisões desfavoráveis serão contestados no STJ. Ou seja, já é um grande passo pra uma nova legislação a respeito.

Aplausos pro Brasil!

_Claudia_

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Meus livros filhos-gêmeos estão chegando!

Presentazione libri

Agora é pra valer! Já estou entrando em trabalho de parto! =)

No dia 12 de maio lá estarei eu, no IBRIT (Istituto Brasile-Italia), apresentando as duas historinhas que viraram livro, primeiro nas mãos talentosas de duas ilustradoras de primeira, Christelle Ammirati e Chris Mazzotta, depois na condução não menos talentosa da Miriam Gabbai, editora-chefe da Callis de São Paulo.

Os livros “A Princesa que salvava Príncipes” e “A Planta Carnívora de Léo”, em breve à venda nas melhoras lojas do ramo hehe aqui e aí, vêm nas versões português e italiano. O primeiro é inédito. O segundo vem de roupa nova (eu já adorava o primeiro vestididinho, esse então tá ainda mais bonito). Acabou que vieram juntos. Melhor ainda!

A Princesa é um livro pink-power: pra menina nenhuma botar defeito. A protagonista, longe de ser medrosa e passiva, embora feminina e delicada (até meio blasé) bota as manguinhas de fora e resolve as situações complicadas de um jeito super original. As ilustrações da Christelle são esplêndidas: sem pretensões, com um traço direto, meio gibi, ela consegue criar um clima de leveza, irreverência e elegância ao mesmo tempo. Uma super interação com o texto, visível desde as primeiras páginas.

Já a Planta é uma história bem quotidiana, embora meio inusitada, de um menino que cuidava de uma planta carnívora ao invés de um animal de estimação. O divertido é que ele acaba usando-a pra justificar tudo que some em casa, até que a planta “come alguma coisa que não devia” e adoece. As ilustrações também são muito bonitas e exploram perspectivas e texturas diversas.

Em julho devo fazer outros lançamentos, em BH e São Paulo. Dou notícias aqui.

_Claudia_

terça-feira, 27 de abril de 2010

Apertada de costura


A Cibbele pediu pra avisar que essa semana a coisa apertou pro lado dela. Me passou a bola pra manter abertos os portões do Quintal (vou tentar fazê-lo da melhor forma possível, acreditem, porque eu também não é que tô tão disponível assim pra fazer hora extra hahaha).

E manda beijos pros queridos leitores.

Sei que não é a mesma coisa com meia-Quinteiras, mas tenham só um pouquinho de paciência. Semana que vem a dupla se refaz.

_Claudia_

domingo, 25 de abril de 2010

Migrando

Um livro simplesmente encantador, de uma ilustradora argentina (Mariana Chiesa Mateos), publicado por uma das mais brilhantes Editoras italianas, a Orecchio Acerbo.

Pura poesia num tema super atual.

Aqui, mais informações sobre o livro que, além da edição italiana, acaba de ser lançado também em Portugal.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Semana da Cultura

1270828845129_BannerXIISettimana Essa semana está acontecendo aqui em Milão a Semana da Cultura. Todos os museus estão abertos ao público, com mostras, propostas interativas e novidades. Os teatros e cinemas estão pela metade do preço. As bibliotecas estão oferecendo livros em doação.

Ontem fui à Pinacoteca da Academia de Belas Arte de Brera, que é uma das maiores da Europa em Arte Renascentista. Desde que cheguei aqui fiz uma assinatura anual e ali virou um pouco o meu ponto de relaxamento (até porque é situada na parte mais charmosa da cidade). Ontem estava toda alterada, com umas instalaçõoes lindas-de-morrer que queria ter fotografado pra vocês verem mas não dava por causa da pouca luz.

Uma delas era do cineasta inglês Peter Greenway, que projeta imagens e luz em quadros, mudando completamente o aspecto e o ponto de vista. Já tinha visto um trabalho seu há alguns anos sobre o afresco A Última Ceia de Leonardo da Vinci (que “mora” aqui em Milão e essa semana também está em regime gratuito – normalmente custa um absurdo vê-la). Ele tem feito com frequência esse trabalho de interferência em obras da Renascença.

A outra era muito muito linda! Fizeram uma montagem com quadros de Madonas renascentistas com vídeos de mães do mundo inteiro amamentando seus filhos. De arrepiar.

O mais legal dessas iniciativas é ver as crianças. O povo leva mesmo, pais, escolas e elas participam de tudo que podem e tem direito. E vão brincar em meio a obras de arte e atividades culturais pra ninguém botar defeito (inclusive entrando dentro de um submarino de verdade no Museu de Ciência e Tecnologia).

_Claudia_

sábado, 17 de abril de 2010

Correio do Quintal

A partir de agora, vamos responder aos e-mails dos leitores em posts. Está oficialmente inaugurado o Correio do Quintal.

fita


Olá Claudia e Cibelle,

Conheci suas idéias e experiências através do Blog e gostaria de compartilhar algo. Acabo de ingressar numa graduação de pedagogia; tardei pois era relutante a ser "engolido" pelo processo tradicional de educação, ao qual tanto questiono. A esperança de buscar novos olhares a criança me fez, enfim, ingressar no curso.


Dediquei meus anseios, ultimamente, a buscar uma escola ou grupo cuja proposta para o desenvolvimento da criança fizesse-se mais sensível e humana. Portanto, pergunto: vocês poderiam sugerir-me algum espaço em São Paulo, ou arredores, que cultive um ambiente fecundo e propício ao desenvolvimento saudável e "orgânico" da criança?

Atenciosamente,
Marcello Votta

***

Marcello,

Acho que é assim mesmo. Quem trabalha com educação vive dividido entre o estabelecido e a possibilidade de mudança. Educar é transformar, né? Fico _ e tenho certeza que a Claudia também _ muito feliz que o Quintarola consiga tocar em gente como você.
Bom, somos belorizontinas-errantes, mas falamos já por aqui de duas escolas quintais de São Paulo:
Te-Arte
Aqui o Garrocho fala um pouquinho da Casa Redonda
Já ouvi falar de outras, mas dessas duas tenho mais notícias.
Espero ter ajudado,
Um abraço,

_Cibele_

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Assim que se faz

Uma idéia tão bonitinha numa cidade aqui perto de Milão, Pavia. Que podia ser copiada por outras cidades, por parques, por escolas e por todo mundo que gosta de ler.

Foram instaladas em todo o centro histórico umas caixas bem protegidas contra os efeitos do tempo, mas de fácil abertura, de modo que todo cidadão possa colocar ou retirar o livro que quiser.

O projeto incentiva também as pessoas a deixarem mensagens dentro dos livros, falando sobre eles, sua história, ou simplesmente incentivando a leitura.

_Claudia_

“Penso com todo o meu ser”

Li essa matéria da revista inglesa New Scientist : novas descobertas da Ciência sobre o pensamento humano demonstram que o corpo e suas relações com o ambiente tem grande influência na regulação dos nossos pensamentos, inclusive aqueles mais abstratos. Esses experimentos científicos são meio estranhos, mas são úteis pra mudar algumas posturas consolidadas.


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Trinta anos atrás, o linguista George Lakoff e o filosofo Mark Johnson propuseram a “teoria da metáfora”, segundo a qual o pensamento abstrato é ligado ao funcionamento do corpo. Agora Tobias Loescher e seus colaboradores, na Australia, encontraram um nexo entre a capacidade de pensar em um número casual e certos movimentos do corpo, registrando os movimentos dos olhos de sujeitos destros enquanto deviam dizer casualmente uma série de números compreendidos entre 1 e 30. Durante o experimento, se o sujeito olhava à esquerda ou para baixo, com frequência escolhia um número inferior ao antecessor, se olhava para o alto ou para a direita, um número superior ao antecessor. Além disso, uma maior ou menor distância de onde lançava seu olhar era relacionada a uma maior ou menor diferença entre o número escolhido e o antecessor.

Para os pesquisadores, estas relações dependem de como o pensamento se desenvolve durante a infância. Para imaginar os números, os voluntários usam dois conjuntos de metáforas: alto=mais e baixo=menos. Direita=mais e esquerda=menos. Estas metáforas seriam apreendidas na infância: uma criança que olha um copo enquanto se enche de água ou brinca de construção aprende, por exemplo, que altura equivale a maior quantidade. Provavelmente, explicam os cientistas, as áreas do cérebro que processam quantidade e altura são colegadas durante o crescimento e produzem uma noção automática da metáfora alto=mais. Do mesmo modo, os destros tendem a considerar direita=mais porque o direito é seu lado dominante.

Mas são os movimentos dos olhos a determinar a escolha dos números ou o contrário? Para compreender se os movimentos podem guiar o pensamento, os psicolinguistas Daniel Casasanto e Max Planck, dos Países Baixos, observaram as metáforas que usamos pra falar dos nosso estado de ânimo. Pediram a estudantes para transferir bolinhas de gude de uma caixa mais alta a outra mais baixa e vice-versa, enquanto falavam de eventos com valência emocional positiva ou negativa. Enquanto colocavam as bolinhas nas caixas mais ao alto, os estudantes contavam muito mais rapidamente os casos de valência positiva e vice-versa. Além da velocidade, o movimento físico influi também sobre aquilo que se decide de dizer ou pensar? Um outro experimento revelou que sim: enquanto transferiam as bolinhas pro alto ou pra baixo, os estudantes respondiam a perguntas neutras, como “O que você fez ontem?”. E tendiam a falar de eventos positivos quando colocavam as bolinhas na caixa do alto e de eventos negativos quando as colocavam nas caixas de baixo. Casasanto demonstrou ainda que quem usa o corpo de um modo diferente pensa em modo diferente.

Com certeza, ficar parado e calado não é o melhor jeito de estudar matemática...

_ Claudia_

terça-feira, 13 de abril de 2010

E por falar em capa e conteúdo...




Recentemente, o mercado editorial tem trazido livros infantis que lembram as publicações do início do século XX ou anteriores a essa data. São livros de capa dura, escritos em cursiva dourada e com poucas ilustrações. Definitivamente, uma estética totalmente avessa ao século XXI.



As capas da literatura infantil contemporânea são uma comunicação rápida do teor do livro. Atendem às leis do marketing, como por exemplo, trazer o título em letras grandes para facilitar a visualização das miniaturas na internet.



Apesar disso, esses livros retrôs parecem ter um público garantido. Gente que gosta da tensão entre o prazer de desvendar o suspense e o desprazer de desvendar o suspense. Gente que gosta do livro cochicho, da imagem sutil em nanquim e quiçá do passar de páginas lento e delicado de uma folha de seda. Gente que lê em capítulos e sabe que a leitura mais eficiente acontece depois do livro fechado, no entrecapítulos.



Já passou da hora da gente se desvencilhar de mitos do tipo: crianças gostam de livros coloridos. Vai dizendo Walter Benjamin sobre o ilustrador berlinense Theodor Rosemann que “através de suas xilografias em branco e preto abre-se para a percepção infantil um mundo próprio. A criança desperta no reino das gravuras não coloridas da mesma forma como outrora vivenciara seus sonhos no reino das coloridas.” Ou em outra passagem sobre xilografias “E se, imersa na gravura em cobre colorida, a fantasia da criança aprofunda-se sonhadora em si mesma, a xilogravura em branco e preto, a reprodução sóbria e prosaica a tira de si. Através da ostensiva exortação á descrição de seu conteúdo, essas ilustrações despertam na criança a palavra." No mesmo capítulo (Visão do Livro infantil), o autor faz justiça às cores, mas é bem legal que convivam estéticas diferentes que contribuam para a formação do olhar da criança.



Agora, fica aqui o meu protesto contra os livros infantis selecionados pelos livreiros para as prateleiras mais baixas_ em geral os livros mais caros e que andam, falam e fazem de tudo_ menos o fundamental: causar em seus leitores, qualquer coisa de...

***

Para saber mais sobre a história da capa dos livros infantis, não perca esse livro!




_Cibele_

Ética para a infância - parte 4

Para quem está querendo conversar com as crianças sobre ecologia ou economia doméstica, a Revista Crescer, dentro do especial Por Uma Vida Mais Verde, criou uma casa com dicas ecológicas. Passeando pelos cômodos, você vai descobrindo o que pode fazer para ajudar o planeta.

As idéias não são nada inovadoras, mas o efeito é bem didático.

_Cibele_

domingo, 11 de abril de 2010

Ética para a Infância - parte 3 ou: A “arte” de fazer amigos e influenciar pessoas

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Em plena hegemonia do consumo, do mercado, de “vencedores”  e “perdedores”, da virtualidade (Social Network),  é normal que a Ética Publicitária prevaleça nas relações sociais.

É normal que se pense mais ao COMO dizer algo que ao QUE você quer dizer. É normal que todo mundo busque ferramentas pra obter novas modalidades (discursivas ou não)  de persuasão ou de sedução (no sentido lato).

É normal cuidar da própria imagem (muita gente adota um layout ou faz auto-promoção) e julgar a imagem alheia. É normal uma simpatia meio artificial (que muitas vezes esconde um desdém ou uma raiva que vão se tornando latentes). É normal que os discursos sejam meio – ou muito! – parecidos, compondo regrinhas de bem-pensar ou movimentos micro ou macro-políticos/sociais. É normal que se ambicione mais “amigos”, mais e mais “seguidores”, mais e mais e mais “adeptos”. É normal querer ser POPULAR. Assim o sujeito se VENDE melhor, mais gente o CONSOME, ele sente que tem mais poder. Assim a sua existência vale mais a pena. Faz sentido.

Estamos transmitindo essas mensagens às crianças.

Pode ser que a gente tenha perdido a Verdade no meio dessas tramas todas. Porque a Verdade deveria bastar. As pessoas que sempre fizeram a diferença e que mudaram os rumos da Humanidade foram aquelas que disseram a Verdade e pronto, não importa como, se com raiva, se nervosas, se calmas, se  secas, se antipáticas, se feias, se logorróicas ou sintéticas, se monossilábicas. Elas o fizeram segundo sua própria natureza.

_Claudia_

sexta-feira, 9 de abril de 2010

O que a água não leva - um post roubado

Em época de chuvas e enchentes, um texto bonito do jornalista Maurício Lara, transcrito pela querida Fefê.

É sexta-feira, gente!

_Cibele_

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Ética para a Infância - parte 2




--> desenhos da Clari, 3 anos, e da Ceci, 7 anos, filhas da Carol <--


Suponhamos que vocês, assim como eu, não sejam católicos, não concordem com o consumismo e com a violência. Suponhamos também que vocês se indignem com a corrupção _política ou não_, com os preconceitos social, racial, de gênero (incluindo homossexuais) e com a poluição. Pois então, essa ética, a nossa ética, é pautada pela negação de práticas hegemônicas e se define antes de tudo pela negação dessa prática.


Nesse caso, as crianças vão se deparar em casa com uma verdade diferente da verdade ouvida na rua e me parece contraproducente que essa verdade não seja nada mais que uma negação da primeira.

A Carol, amiga que outro dia deixou aqui suas marcas, saiu com uma solução que me pareceu genial dentro dessa lógica da necessidade de uma ética mais positiva, isso é, que não se defina pela negação da outra. Quando perguntada pela filha sobre o que afinal eles eram, a Carol brilhantemente respondeu: pacifistas, minha filha. Nossa família é pacifista!

Imediatamente pensei como é que eu não tinha pensado nisso antes e, de agora em diante, minha família, assim como a da Carol, é adepta do Pacifismo. Quem tiver um nome igualmente bom, que levante à mão.



_Cibele _ que apesar de uma virose do caçula, greve de ônibus dificultando o acesso da moça que trabalha aqui, muitas festinhas noturnas, um bloqueio para cadastro dos celulares (na semana da virose), paralização dos professores das escolas particulares, tempestade e falta de luz, dá um jeito e vem matar saudade da Cachaça Quintarola.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Depois de Mothern… Motherfucker!

Florence

Tenho notado uma certa tendência das mães modernas de “azedar” de um modo cômico e divertido. A barra tá muito pesada pra elas, e a ironia, o desabafo, as piadas politicamente incorretas podem ser um ótimo remédio pra suportar esse peso. Essa semana, vi duas notícias sobre isso. Uma sobre uma blogueira italiana cujo blog “Non solo mammajá recebeu um prêmio, virou livro e conta com mais de quatro milhões de visitas nos últimos 3 anos. Nele, Elastigirl conta em linguagem irônica as suas peripécias de mãe praticamente single, trabalho full time e três filhos pequenos (os quais chama carinhosamente de anões ou de “Hobbits”).

Outra notícia era sobre a comediante francesa Florence Foresti, que está fazendo casa cheia há um tempão em Paris, com seu espetáculo “Motherfucker” , monólogo tolerância zero sobre “a alegria de ser mãe”. A ideia é destruir o mito da maternidade, e ela faz isso com piadas e afirmações pra lá de politicamente incorretas. Do tipo: “ser mãe é um trabalho sujo”. Ou “se toda mãe contasse os detalhes de seu parto, tudo mesmo, a humanidade estaria extinta no prazo de 50 anos”. Ou ainda:”Só quem já passou 15 minutos num parquinho de diversões pode dizer o tédio completo que é aquilo ali”. As muitas mães da platéia aplaudem e morrem de rir. Sucesso total de público e de crítica. O espetáculo em breve vai sair em turnê pelo mundo afora.

Numa época em que predomina no bem-pensar a tendência contrária*, o sucesso dessas “slummy mummy”, como os ingleses chamam essas mães caóticas e fora dos padrões, quer dizer alguma coisa. Durante todo o espetáculo, Florence é perseguida pela imaginária “liga das puericultoras” , firmemente intencionada a controlar que só se fale do lado positivo da maternidade. “Tem gente que acha que você TEM DE ser mãe exatamente como elas, que porre, me deixem em paz!” – reclama a atriz. E as mães na platéia se sentem remidas! =)

Taí. Conselhos não valem. Nem excessos. A maternidade é uma coisa muito pessoal. Sem regras. Cada mãe inventa a sua.

*o mamismo, válido também para os pais.

_Claudia_

 
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