Pegando também - com muito prazer! - o fio da meada do Garrocho, ai vai minha contribuiçao à postagem coletiva sobre as Escolas Quintais.
Eu sou suspeita pra falar do CLIC. É igual mãe falando de filho, assim não vale. Mas a Cibbele pediu e então virou ordem ;-)
O CLIC foi fundado em 1996 por mim e pela Liliane Mitre. A história foi que ela me convidou pra montar uma escola e eu já fui dizendo: - Lili, desiste. Escola não serve pra educar.
Frasezinha entre sábia e panfletária, mas que me serviu pra refletir e começar a construir um outro modelo que, segundo me parecia, "servisse pra educar". E assim, devagarzinho, foram nascendo os primeiros contornos do que hoje se transformou num Projeto Educacional, o conceito de Centro Lúdico de Interaçao e Cultura. Um tripé de idas e voltas entre estes três âmbitos que, dialeticamente, vão-se tecendo uns aos outros.
Hoje, o CLIC é dirigido pela Adriana Di Mambro, que se juntou a mim em 1998 e ficou, e pela Letícia Fonseca, educadora formada lá mesmo, que me substituiu quando em 2006 resolvi voar pra outras terras. Deixei meu "filho" em ótimas mãos. De gente que esta trabalhando sério para transformá-lo continuamente e assim mantê-lo vivo e atuante.
A base do CLIC é o brincar, que é onde o tripé "se fecha" concretamente. As crianças no CLIC brincam. No brincar estão implícitos o Lúdico, a Interação e a Cultura. Mas uma ressalva importante deve ser feita: neste projeto, o brincar não está "a serviço" da aprendizagem. O brincar tem significado em si mesmo, e isso faz das crianças, crianças mesmo, e não alunas necessariamente. Elas podem ocupar vários papéis no mundo, na sociedade, em casa. E aprendem, aprendem muito! Isso é natural delas. Mas ter o direito de ser criança é uma grande conquista nesses tempos de pragmatismo.
A Cultura como o CLIC entende é o encontro de dois mundos: de um lado, a Cultura do Adulto, as informações, instruções, conhecimentos que foram sendo acumulados em milênios pela Humanidade. Do outro, a Cultura da Criança, os Saberes Universais que a Infância traz consigo e que representam cada menino, no Brasil ou na Itália, na China ou no Peru, em Serra Leoa ou em Nova York. As Interações servem pra "traduzir" esses dois mundos, achar as interseções, as estradas comuns e também as diferenças, num diálogo contínuo e plano, sem hierarquias.
Por isso, a opção pelas Oficinas. Nada mais libertário, mais democrático, mais poético que experimentar juntos as possibilidades de cada elemento que vai aparecendo diante de nossos olhos.
O CLIC foi fundado em 1996 por mim e pela Liliane Mitre. A história foi que ela me convidou pra montar uma escola e eu já fui dizendo: - Lili, desiste. Escola não serve pra educar.
Frasezinha entre sábia e panfletária, mas que me serviu pra refletir e começar a construir um outro modelo que, segundo me parecia, "servisse pra educar". E assim, devagarzinho, foram nascendo os primeiros contornos do que hoje se transformou num Projeto Educacional, o conceito de Centro Lúdico de Interaçao e Cultura. Um tripé de idas e voltas entre estes três âmbitos que, dialeticamente, vão-se tecendo uns aos outros.
Hoje, o CLIC é dirigido pela Adriana Di Mambro, que se juntou a mim em 1998 e ficou, e pela Letícia Fonseca, educadora formada lá mesmo, que me substituiu quando em 2006 resolvi voar pra outras terras. Deixei meu "filho" em ótimas mãos. De gente que esta trabalhando sério para transformá-lo continuamente e assim mantê-lo vivo e atuante.
A base do CLIC é o brincar, que é onde o tripé "se fecha" concretamente. As crianças no CLIC brincam. No brincar estão implícitos o Lúdico, a Interação e a Cultura. Mas uma ressalva importante deve ser feita: neste projeto, o brincar não está "a serviço" da aprendizagem. O brincar tem significado em si mesmo, e isso faz das crianças, crianças mesmo, e não alunas necessariamente. Elas podem ocupar vários papéis no mundo, na sociedade, em casa. E aprendem, aprendem muito! Isso é natural delas. Mas ter o direito de ser criança é uma grande conquista nesses tempos de pragmatismo.
A Cultura como o CLIC entende é o encontro de dois mundos: de um lado, a Cultura do Adulto, as informações, instruções, conhecimentos que foram sendo acumulados em milênios pela Humanidade. Do outro, a Cultura da Criança, os Saberes Universais que a Infância traz consigo e que representam cada menino, no Brasil ou na Itália, na China ou no Peru, em Serra Leoa ou em Nova York. As Interações servem pra "traduzir" esses dois mundos, achar as interseções, as estradas comuns e também as diferenças, num diálogo contínuo e plano, sem hierarquias.
Por isso, a opção pelas Oficinas. Nada mais libertário, mais democrático, mais poético que experimentar juntos as possibilidades de cada elemento que vai aparecendo diante de nossos olhos.
Eu poderia estender este post ad infinitum, tamanha a intensidade que esta experiência de 10 anos provocou na minha vida. Mas deixo a vocês, leitores, a oportunidade de descobrir esse espaço por si mesmos, seja visitando o site ou indo pessoalmente conhecer essa casinha-com-quintal super simples, meio onírica, no meio dos arranha-céus do Carmo Sion.
_Claudia Souza _
16 comentários:
Lindo, lindo, Clau! Quem conhece o CLIC te admira ainda mais, porque de fato ali há uma experiência autoral e inovadora. Principalmente para Belo Horizonte.
Eu vi pouco e saberia falar pouco do CLIC. Esse post tinha mesmo de ser seu ou do Garrocho.
Mas vi crianças de cabeça pra baixo, crianças circulando livremente e com responsabilidade e adultos com portas e ouvidos abertos. Coisas raras!
Beijos e obrigada pelo post sócia!
Cláudia,
minha filha começa no Clic em março.
Já a imagino lá, correndo, de pé no chão. O Clic é a cara dela.
A escola anterior era neste estilo também, mas devido a mudança de casa, ela não voltou este ano. Corta meu coração, seus pedidos frequentes para parar o carro, em qualquer rua, para que ela possa CORRER. Tamanha energia. Tamanha vivacidade.
Espero vê-la feliz da vida!!!
Abraço
Cíntia Noronha
Cíntia,
O CLIC é mesmo A CARA da Ana Luísa. Ela vai se achar ali...
: )
Beijos
Oi, Cintia
To daqui torcendo pra voce adorarem. Aquilo ali é tudo de bom. Da um beijo no povo la por mim, outro pra voce e pra tua menininha.
Claudinha,
É emocionante ler sobre o CLIC, pricipalmente por ter sido escrito por você! Conviver diariamente com esta meninada é nosso maior aprendizado. E um caminho sem fim.
Beijo,
Dri
Ei, Dri, que bom ter a sua participaçao aqui!! Pois é, é sempre muito lindo dividir esse "filho" com voce. BEIJO!
Ei, Adriana, é mesmo, volte sempre pra adicionar a sua experiência aqui no Quintarola. o dia-a-dia do CLIC deve ser uma riqueza só!
Beijos
Oi Cláudia, fiquei extremamente orgulhosa e com os olhos marejados de água quando li seu texto sobre o CLIC. É mais do quê um projeto de vida para mim, estar aqui de novo, é um sonho que nunca deixei de cultivar, mesmo longe. E foi você quem me ensinou a sonhar esse sonho... Que bom que você continua conosco... Você e suas produções são sempre fontes de aprendizado, de reflexão e de crescimento para quem está do lado de cá do oceano... Saudades... Letícia
Pra quem nao conhece, a Leticia é a minha "herdeira" no CLIC. Que bom, né, Leticia, a gente se encontrar de novo num quintalzinho bom de conversar. Tenho certeza de que voce ta levando o trabalho junto com a Dri do melhor modo que existe. Que boa dupla! Vao em frente, o CLIC é a nosso utopia, o nosso sonho realizado todo dia. E mesmo de longe meu coaçao ainda bate la. Saudades também!
Faltou um R. Haja CoRaçao pra falar do CLIC e com as gentes do CLIC. E' amor demais! :-)))
Cláudia,
Fiquei super feliz e emocionada ao ler o texto que escreveu sobre o CLIC.
Como é gratificante fazer parte dele...
Quanta saudade... Pessoa INESQUECÍVEL!!!
Beijos
Izabela
Ei, Izabela! Olha que eu choro de novo, heim? ha ha ha Saudade de você!! O CLIC é que deve agradecer muito todo dia por ter você por perto. Espero que por ainda muito muito tempo. Você e os outros educadores e funcionários são "a cara" desse projeto, e fazem dele o que é. BEIJO pra todo mundo!
Pode chorar! Hahahahaha...
Por esse e outros motivos que você se torna cada dia mais inesquecível... Obrigada por tudo! Muitos beijos com saudades...
Clodinha, mestra querida:)
Cá estou eu,passeando pelo Quintarola e relembrando do inicio do sonho-Clic.
Continuo carregando comigo este sonho e travando lutas diárias de quem acredita na infancia...
Desde sempre me lembro de você com o mesmo carinho e admiraçao. Saudade grande, Lili
Ei, Lili!! Que coisa boa ter você aqui!! Aproveita e passeia pelos outros posts e deixa sempre suas contribuições pra nossa prosa.
Eu também continuo carregando esse sonho-CLIC,ele entra dentro da gente e não sai nunca mais. A gente vai mudando de ação, de lugar, mas a base é a mesma, né? E também sempre penso em você com o mesmo carinho e admiração. BEIJO, querida! E volte sempre!!
a menininha de vestido de florido na foto que ilustra o post eh a minha Luisa, que vive uma infancia muito mais que feliz, por fazer parte do CLIC!!! beijos nas duas quinteiras! Fernanda
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