Em matéria da Folha de São Paulo, como a linha pedagógica desenvolvida a partir das idéias do pedagogo alemão Rudolf Steiner em 1919 tem ganhado mais e mais espaço no Brasil, defendendo uma educação baseada na imaginação, na cultura oral e manual.
Alguns pais levam pro lado do “pode-não pode” com muita facilidade, sem se aprofundar o suficiente na perspectiva. Aliás, muito do que antes eu via como estrutura da Pedagogia Waldorf, hoje já consigo entender como deformaçao de leitura dos pais.
Outra coisa que me causou impressão foi a conduta de uma professora Waldorf minha conhecida que, tentando convencer o filho de 4 anos a beber suco de laranja natural, lhe dizia que aquela bebida era “a mágica luz do sol que lhe traria todo o poder do mundo”. Sinceramente, não gosto dessas divagaçõs poéticas infiltradas nas situações cotidianas. Me parece um golpe duro no desenvolvimento da racionalidade. Ela me explicou que esta era uma conduta típica da perspectiva no sentido de favorecer a imaginação. Será?
De todo jeito, e com tudo isso, a Pedagogia Waldorf ainda é uma boa opção: pode fazer muito bem a certas familias com determinado estilo de vida e, pros reles mortais, menos mal que outras linhas baseadas na virtualidade, na preparação pro futuro (escolas de mini-executivos, também muito comuns hoje em dia), no pragmatismo, enfim, que o imenso manancial de serviços que caracterizam a “inanição da inovação” (Edgar Morin).
_Claudia_
5 comentários:
Pois, então, temos aí as coisas legais e as que nos parecem um pouco desfocadas para nosso tempo... Melhor, como diz o texto, excessivamente restritivas.
Mas acho que, como termina bem o post, ainda é um tempo-espaço em que as crianças podem brincar. Seria legal ver essa pedagogia ganhar um fôlego maior, mais afim com nosso tempo. Em Belo Horizonte, há amigos que estão felizes com suas crianças nessa pedagogia. E são pessoas sem restrições, alguns artistas, por exemplo. A escola funciona atém mesmo como um bom antídoto para toda presença tecnológica e para a carga intelectual que as crianças estão sendo submetidas.
Abraços
Ei, Garrocho
Acho que, dosada bem é um bom antidoto sim. Dosada mal o feitiço pode virar contra o feiticeiro hehe
Abraçao!
O', quero te ver, heim???
Nunca fui simpática a algumas posições das escolas waldorf... acho que, inclusive, não se pode dizer que há uma pedagogia waldorf porque é um pensamento muito místico...mas apesar disso, os vídeos do link da folha de são paulo conseguiram me impressionar muito, muito, mal...eu acho que o brincar está longe dali...há, sim, uma aproximação da natureza e tudo, mas não vejo espontaneidade, por exemplo. Sem falar que as crianças estudam alemão...
Putz, eu botei o link sem nem ver os videos (por 2 motivos, acho: 1) minha internet movel ta o uoh de lenta; 2)eu ando meio "overizada" de imagens, as palavras tao ganhando de 10 a 0).
Também fiquei bem mal impressionada com eles viu.
Em tempo: parece que se pega o sentido das "Ludi" ao pé da letra!
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