Quando vi que o episódio de hoje ia se passar em Fedidópolis, parei tudo na esperança de ver o desenho caminhando para sua redenção, ainda que já na terceira temporada. Fiquei frustradíssima! Todos estavam contra Austin, o Príncipe das Calças Sujas. No fim, Tasha, Pablo, Tairone e Uniqua conseguem encurralar o príncipe e banhá-lo numa fonte. Como se não bastasse, o subversivo Austin trai a sua verdadeira vocação quintarolesca e se junta aos quatro reacionários para cantarem o ensaiadinho hino cívico_ Ode ao Sabonete! Francamente! Não sei onde esse mundo vai parar!
_Cibbele Carvalho_
5 comentários:
ainda não tive a chance de assistir o programa, mas pelo que entendi, não foge muito do que é decidido "para" a molecada. Já é de longa data que o suposto politicamente correto existe na forma de heteronomia e do discurso moralista. Me parece que os novos programas infantis são mais velhos que nunca, mudam a cara, mas continuam dizendo como as coisas "devem ser"... vou tentar assistir pra não ficar com a sensação que errei o alvo... rsrsrs...
Silvia, talvez sejam seguidores de Barney - o moralista. J.
Cláudia e Bila,
sou néscio no assunto, mas será que não estamos colocando a culpa de uma humanidade menos inocente em programas de Tv? Digo isto porque, imagino, se todos tivesssem quintais, quitandas e quindins à mesa, os Backs e os Barneys nada mais seriam do que um recreio, uma pausa para o almoço. Concordam?
J.
Lis,tão certeira quanto sempre! Só que agora, em vez de termos um adulto que dita as regras e um mundo que castiga o mau comportamento, temos crianças robotizadas (ou bichinhos adestrados, no caso)que internalizaram as mesmas e se comportam direitinho. Todo mundo bonzinho!
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Sil, instrutores de escoteiros...hahaha...essa foi demais!
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J, eu também não sou muito adepta da visão apocalíptica dos meios de comunicação, não! ...até porque, a televisão é mais mantedora do status quo do que revolucionária ou inauguradora de qualuqer coisa, né? Por isso, não acho os desenhos nem salvadores, nem vilões. Mas acho interessantíssimo ver retratados neles, a infância que (nós) estamos construindo. E o Backyardigans me parece exemplar disso. É essa a infância que eu vejo nos pátios dos colégios: ensaiadinha, infantilizada, colorida, pronta e embalada aos moldes da pedagogia reinante.
Eu também vejo nos desenhos animados - e outros programas de TV - nada mais que uma representaçao social da Infancia, ou do que se pretende com ela. Infancia infantilizada é mais que pleonasmo, infelizmente, é produto de consumo.Dos melhores (no sentido de mais rentaveis).
_Claudia Souza -
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