Ele vai logo avisando: não é uma simples loja de brinquedos pra crianças. Em poucos minutos lá dentro a gente já concorda. São brinquedos sim, mas absolutamente sem idade. Por isso tão interessantes…
É uma lojinha/oficina pequena, incastrada no centro de Orvieto. “Il mago di Oz” – (“O mágico de Oz”) – se chama. E ele está lá em pessoa, o mágico, fazendo mover suas criações e tirando nossos ohs e suspiros encantados diante de seus mecanismos milenares de surpresa. O próprio artesão medieval reencarnado.
As crianças aparecem e se encantam também. Crianças do século XXI, acostumadas à tecnologia e ao plástico. Os pais imploram: não toquem! Não toquem! Elas se contém, num esforço sobre-humano. Os brinquedos/objetos são muito convidativos… Dão vontade de brincar.
Acho que parei por lá mais de uma hora. Conversando com ele, ouvindo suas histórias, conhecendo suas criações mais particulares. Entre elas a “Libreria della Vita”: você conta a história da sua vida e ele constrói uma pequena estante cujas prateleiras representam simbolicamente os principais acontecimentos. Ou o teatrinho, com direito a movimento de cortinas, onde acontece, ao som de caixinha de música, o ballet d’O Quebra Nozes.
Tipo de coisa que torna uma viagem mais que um deslocamento no espaço. Um convite pra cortar o tempo. Um encontro casual com a infância eterna.
_Claudia Souza_
2 comentários:
Clau, contada assim por você, fiquei bem pertinho da cena...cheguei a ficar emocionada! essa idéia é genialmente doce!
Beijos
Ci
Ci, esses personagens me emocionam muito também. São pessoas que sobrevivem ao tempo, né? Sempre que viajo procuro por eles, e quand encontro não perco a chance de conversar. Pra mim são os grandes filósofos vivos... Beijos procê tb.
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