Como nômade, tive a oportunidade de circular por inúmeras escolas em diversas cidades do Brasil e tenho notado que o construtivismo tem se prestado a um papel quase religioso.
O construtivismo não é método, mas filosofia, e por isso, presta-se a inúmeras leituras e práticas. A quase totalidade das escolas se define dentro dessa concepção, embora haja escolas totalmente diversas dentro do mesmo barco. Uma vez que a maioria dos pais com mais de trinta anos foram educados no sistema tradicional, a escola passou a ser a detentora desse conhecimento codificado, envolvendo-o com ares de um mistério quase esotérico.
Certa vez, uma diretora de escola chegou a dizer explicitamente: os maiores dificultadores do desenvolvimento dos filhos são os pais. Ãn??? Não seriam os maiores aliados? Anulada a origem dos alunos e suas heranças, eles convertem-se às escolas-templos e a seus conhecimentos fetichizados. São inicializados. Já os pais, tratados como hereges, não são mais fontes de conhecimento. Se um menino pergunta aos pais se CASA se escreve com S ou com Z, não podem lhe dar a resposta. A resposta misteriosa, iluminada, deve ser encontrada pelo aluno. Aparentemente sozinho, ele segue em busca de uma iluminação, conduzido por seus gurus. Um pai arrisca...Pense meu filho, o que você acha? mesmo sabendo que as evidências sonoras apontam para a grafia errada.
Depois de um tempo, os alunos de escolas-seitas ficam muito parecidos. Vestem-se de forma parecida. Falam de forma parecida. Uniformizados, não há diversidade. Estranho, não era para cada um achar seu próprio caminho? Ao fim do período de iniciação, saem ao mundo os alunos convertidos que pensando ter dominado os princípios do universo, terão de se deparar com um mundo de múltiplas bíblias.
Não se trata de retroceder aos sistemas bancários de educação, mas de começarmos a desconfiar dessa unanimidade. E dos seus apócrifos, como disse bem meu professor outro dia.
O construtivismo não é método, mas filosofia, e por isso, presta-se a inúmeras leituras e práticas. A quase totalidade das escolas se define dentro dessa concepção, embora haja escolas totalmente diversas dentro do mesmo barco. Uma vez que a maioria dos pais com mais de trinta anos foram educados no sistema tradicional, a escola passou a ser a detentora desse conhecimento codificado, envolvendo-o com ares de um mistério quase esotérico.
Certa vez, uma diretora de escola chegou a dizer explicitamente: os maiores dificultadores do desenvolvimento dos filhos são os pais. Ãn??? Não seriam os maiores aliados? Anulada a origem dos alunos e suas heranças, eles convertem-se às escolas-templos e a seus conhecimentos fetichizados. São inicializados. Já os pais, tratados como hereges, não são mais fontes de conhecimento. Se um menino pergunta aos pais se CASA se escreve com S ou com Z, não podem lhe dar a resposta. A resposta misteriosa, iluminada, deve ser encontrada pelo aluno. Aparentemente sozinho, ele segue em busca de uma iluminação, conduzido por seus gurus. Um pai arrisca...Pense meu filho, o que você acha? mesmo sabendo que as evidências sonoras apontam para a grafia errada.
Depois de um tempo, os alunos de escolas-seitas ficam muito parecidos. Vestem-se de forma parecida. Falam de forma parecida. Uniformizados, não há diversidade. Estranho, não era para cada um achar seu próprio caminho? Ao fim do período de iniciação, saem ao mundo os alunos convertidos que pensando ter dominado os princípios do universo, terão de se deparar com um mundo de múltiplas bíblias.
Não se trata de retroceder aos sistemas bancários de educação, mas de começarmos a desconfiar dessa unanimidade. E dos seus apócrifos, como disse bem meu professor outro dia.
_Cibele_
Um comentário:
Tem de ficar muuuuuuito atento pra não cair no lado escuro dos ismos!
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