Interessante, a gente vive valorizando a criança e sua cultura, tentando entendê-la em suas peculiaridades e não apenas como um adulto em miniatura. A indústria cultural se dedica há vários anos a colocar na linha de montagem o que julga ser adequado a elas. Pra não entrar no mérito da qualidade da produção, nem do conceito de infantil difundido por aí, a questão é que chegamos a um verdadeiro apartheid cultural.
Alguns programas infantis chegam a ser insuportáveis aos adultos, tal como o inverso. Festas, shoppings, supermercados e restaurantes, por todo lado, há recreadores para que os adultos e crianças não se chateiem. Nos fins de semana, os dias são recheados de programas infantis enfadonhos para os adultos, que esperam colocá-las pra dormir para começarem a se divertir. Cada vez é mais comum hotéis e restaurantes com restrições às crianças, tal como cada vez é mais comum crianças que não sabem como se comportar nesses lugares.
Criança ouve bem música adulta de qualidade, tal como os adultos ouvem com prazer a boa música infantil. O mesmo vale pra literatura e outras artes. Vale até pro prazer de comer bem. Alguém inventou que criança gosta de muito doce, cachorro quente e hambúrguer e todos os buffets infantis compraram o conceito. Aliás, acho até que as crianças são mais abertas a experiências novas que os adultos e suas certezas.
Bom, tudo isso pra falar do quanto eu gosto de programas-família. Isso é, aqueles em que todos nos divertimos não só dividindo o espaço, mas dividindo uma vivência mesmo. As duas experiências legais que eu tenho pra dividir são em Museus, embora festivais de rua, shows e concertos em praça sejam sempre uma boa opção.
Há algumas semanas estive no Inhotim e achei um programa-família excelente. Carrinhos de bebê e cadeiras de rodas circulam muito bem. Algumas obras enchem os olhos da meninada. A favorita da minha filha foi o Iglu (By Means of a Sudden Intuitive Realization, 1996) do artista dinamarquês Olafur Eliasson.
Alguns programas infantis chegam a ser insuportáveis aos adultos, tal como o inverso. Festas, shoppings, supermercados e restaurantes, por todo lado, há recreadores para que os adultos e crianças não se chateiem. Nos fins de semana, os dias são recheados de programas infantis enfadonhos para os adultos, que esperam colocá-las pra dormir para começarem a se divertir. Cada vez é mais comum hotéis e restaurantes com restrições às crianças, tal como cada vez é mais comum crianças que não sabem como se comportar nesses lugares.
Criança ouve bem música adulta de qualidade, tal como os adultos ouvem com prazer a boa música infantil. O mesmo vale pra literatura e outras artes. Vale até pro prazer de comer bem. Alguém inventou que criança gosta de muito doce, cachorro quente e hambúrguer e todos os buffets infantis compraram o conceito. Aliás, acho até que as crianças são mais abertas a experiências novas que os adultos e suas certezas.
Bom, tudo isso pra falar do quanto eu gosto de programas-família. Isso é, aqueles em que todos nos divertimos não só dividindo o espaço, mas dividindo uma vivência mesmo. As duas experiências legais que eu tenho pra dividir são em Museus, embora festivais de rua, shows e concertos em praça sejam sempre uma boa opção.
Há algumas semanas estive no Inhotim e achei um programa-família excelente. Carrinhos de bebê e cadeiras de rodas circulam muito bem. Algumas obras enchem os olhos da meninada. A favorita da minha filha foi o Iglu (By Means of a Sudden Intuitive Realization, 1996) do artista dinamarquês Olafur Eliasson.
Pro meu filho de 1 ano, a sensação foram os gramados, lagos, fontes e patos.
Outra experiência deliciosa foi esbarrar com a exposição do Fluxus no Museu do Olho em Curitiba há alguns anos atrás. Obras-engenhocas-interativo-musicais acenderam a curiosidade das crianças e dos adultos.
E embora crianças e adultos gostem muito de se divertir entre seus iguais, seria muito bom se pudéssemos extrair mais prazeres desses encontros.
_Cibbele Carvalho_
6 comentários:
Dois passeios de fato imperdíveis. E inesquecíveis... Beijo
Boa observaçao, Cibbele. Acho que vou "pegar uma carona" nessa idéia e escrever a partir de um video que a Paula nos mandou. 'Ce acredita que eu ainda nao consegui conhecer o Inhotim? Quando inaugurou, eu ja estava aqui. Nas primeiras férias, em 2007, nao coincidiu por causa de trabalhos. Em dezembro passado jurei que ia, mas a chuva nao permitiu :-((
Vc vai amar, Clau! Quando vc voltar, quem sabe não vamos juntas? Eu já estou louca pra voltar...
Beijos
Aquelas maquinas do post anterior também sao bem familia, né?
Teresa L.
Beijo, Paulo!
Ei Teresa! Tudo bem? É verdade, aquelas máquinas também são bem família. Aqui acontece isso toda hora...o post de uma acaba acendendo uma luzinha na outra...obrigada pela visita!
Beijos
Igualzinho prosa de quintal mesmo ;-)
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