Lembram do 35 vitórias? Ondjaki me descreveu a brincadeira por e-mail assim:
“Muitas regras, joga-se na areia, com desenho no chão, e basicamente a pessoa tem de dar 35 voltas sem ser atingido por uma bola de trapos, pequena, que normalmente é atirada pelos jogadores ‘inimigos’ a uma incrível velocidade e pontaria.... Jogo normalmente feito por meninas, mas alguns meninos também jogavam, no intervalo das aulas.... No suor dos dias...... No tempo entrecortado entre sonho e encantamento....... Em Luanda....... Na escola Ngola Kanini............ Era no tempo da 5ª classe............”
“Muitas regras, joga-se na areia, com desenho no chão, e basicamente a pessoa tem de dar 35 voltas sem ser atingido por uma bola de trapos, pequena, que normalmente é atirada pelos jogadores ‘inimigos’ a uma incrível velocidade e pontaria.... Jogo normalmente feito por meninas, mas alguns meninos também jogavam, no intervalo das aulas.... No suor dos dias...... No tempo entrecortado entre sonho e encantamento....... Em Luanda....... Na escola Ngola Kanini............ Era no tempo da 5ª classe............”
Pois então, me lembrou um pouco a queimada e os jogos de desenhar no chão, como amarelinha, amarelinha do caco, caracol, que são conhecidos por jogos gráficos.
Alguns antropólogos acreditam que os desenhos gráficos dessas brincadeiras reproduzem estruturas de templos e que as brincadeiras são originadas de atividades adivinhatórias...
Eu adoro essa hipótese (hipótese não é uma ideia pela qual a gente se apega de algum jeito?), mas me lembrei de um professor dizendo que em 3015, os antropólogos vão achar um vaso sanitário e identificá-lo como parte de um templo onde uma tribo ritualizava depositando oferendas aos deuses...
É clássica a disputa entre filósofos e antropólogos...psicólogos e sociólogos...mas quem falou que a gente tem de escolher?
Alguns antropólogos acreditam que os desenhos gráficos dessas brincadeiras reproduzem estruturas de templos e que as brincadeiras são originadas de atividades adivinhatórias...
Eu adoro essa hipótese (hipótese não é uma ideia pela qual a gente se apega de algum jeito?), mas me lembrei de um professor dizendo que em 3015, os antropólogos vão achar um vaso sanitário e identificá-lo como parte de um templo onde uma tribo ritualizava depositando oferendas aos deuses...
É clássica a disputa entre filósofos e antropólogos...psicólogos e sociólogos...mas quem falou que a gente tem de escolher?
_Cibbele_
5 comentários:
Amarelinha em Portugal se chama "Macaca". Por que será?
Essa brincadeira me lembrou um monte de outras... Parece que todas são entrelaçadas.
Essa coisa dos "logos" é engraçada, é aquela história dos 200 cegos definindo o elefante, né? :-))
Em alguns lugares do Brasil tb se chama macaca...não sei por que não...sei que amarelinha veio do francês marelle e aqui em Minas, em alguns lugares é maré.
Esse povo que os antropólogos citarão no futuro são os nacirema (american). Uma parte do texto diz assim ..."Embora cada família tenha pelo menos um de tais santuários, os rituais a eles associados não são cerimônias familiares, mas sim cerimônias privadas e secretas. Os ritos, normalmente, são discutidos apenas com as crianças e, neste caso, somente durante o período em que estão sendo iniciadas em seus mistérios.". Apego à forma e chás de ayahuasca fazem isso com os antropólogos mesmo...rs. J.
Genial, J.! Possivelmente o meu professor citou esse texto, mas já fazem mais de dez anos...só me lembrava mesmo da idéia...
Download do texto na íntegra aqui:
http://matheuszeuch.com/uploads/2007/03/ritos-corporais-entre-os-nacirema.pdf
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