terça-feira, 13 de outubro de 2009

Brincadeira de índio?

É pra já!

indios2

Engraçado como a cultura indígena é quase sempre vista como alguma coisa curiosa e peculiar. Mas se a gente for ver de perto, ela segue em linhas gerais os mesmos princípios básicos de todas as outras culturas, que seriam as regras de convivência mais naturais. Afastar-se dessas regras é que o curioso e o peculiar. Ou não?

Por exemplo, com relação ao jogo infantil. Nada mais linear, mais afim ao humano, que o modo em que brincam as crianças indígenas. Com poucos meses de vida, brincam com animaizinhos da floresta e com objetos artesanais (jogo de exercício em Piaget). Depois, por volta dos 4, 5 anos, começam a utilizar instrumentos preparados pelos pais pra transmitir as atividades adultas. Os meninos recebem pequenas flechas e arcos, ou pequenas flautas (pra aprender as músicas das futuras cerimônias). As meninas, bonecas de argila (jogo simbólico). Em seguida, lá pelos 6 ou 7, culminam os jogos de regras, ainda baseados na natureza e nos costumes, como os que se vêem no link da Globo Amazônia que a Cibbele falou. Legal a gente ver, pra concluir que é por aí.

Então. O que qualquer estudo vai mostrar é que pelos menos eles estão no caminho certo, porque deixam as crianças brincarem, reconhecem a importância da brincadeira no crescimento e na formação das pessoas. Óbvio, né? Nada demais.

Nem tanto. Pelo menos na cultura ocidental moderna, brincar virou uma conquista, não um estado natural.

_Claudia_

12 comentários:

Cibele disse...

Clau, e tem o Projeto Bira, né? Que virou livro...Super bacana!
http://www.projetobira.com/

Vc já esteve numa aldeia, não foi, Cçau? Ou eu pirei?

Cibele disse...

hahahaha, a minha encomenda era de um post sobre a palestra com os espanhóis, mas adorei a confusão.
: )
Assim, quem sabe a gente ganha 2 posts.

Claudia Souza disse...

Ihhh, eu tô é ruim mesmo, né? Desculpa aí, confundi mesmo. Pois é, essa palestra foi bem legal, vou tentar achar as minhas anotações pra escrever sobre ela.
##
Eu já morei perto de uma aldeia em Goiás quando era criança e depois já fui a um projeto de alfabetização de índios, no Pará, mas como observadora. De todo jeito, é um assunto que me interessa muito.

Claudia Souza disse...

Opa! O livro eu não tenho (do Projeto Bira). Conheço só o site.

Cibele disse...

http://www.projetobira.com/videos/giramundo/
Ó que belezura! Prêmio jabuti 2008.

Claudia Souza disse...

Eu queeeeeeeeeeeeeeero! Como que eu faço pra comprar?

Cibele disse...

Tem no site www.terceironome.com.br

No submarino, nas americanas...

Se tiver dificuldade pra comprar daí e quiser que eu compre e te mande, deixe na casa da sua mãe, entregue a alguém que esteja indo ou espere vc chegar...enfim...é só gritar.

Beijos

Claudia Souza disse...

'Brigada! Vou tentar, se precisar eu grito mesmo! =)

Anônimo disse...

Claudia!!! Ameeeiii o Blog!! Entrei rapidamente pra conhecer e nao consigo parar de ler...rs.
Vou entrar mais tarde com mais calma!
Vcs estao de Parabens!!!
Beijo grande,
Silvinha

Claudia Souza disse...

Ei Silvinha!! Que booooom te ver por aqui, finalmente!! Eba! Então vê se aparece sempre, contamos com os teus comentários, heim? BEIJO!!!

Maurício carvalho Jr. disse...

tem uma diferença interessante entre elas: uma é orgânica, reconhece os atores como parte do processo e coisa e tal. Outra é mecânica, grande, mais complexa, cheia de senãos. Nela os espaços são menores e os vazios são maiores. É doido isso.

Claudia Souza disse...

Pois é, afastar demais da natureza provoca isso, J!

 
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